Julia Vargas – 8º Ano
O mês de maio, tradicionalmente era o mês dos casórios na Colônia. As grandes decorações de hoje em dia, bem de longe eram preocupações das famílias que promoviam os matrimônios de seus filhos. Casamentos esses, uniões aos olhos de Deus e que nunca deveriam ser dissolvidas.
As cerimônias aconteciam nas capelas locais entre 9h e 10h da manhã. Os noivos deveriam se casar em jejum. Ao Meio-dia tinha um banquete feito com comidas caseiras, como galinha ensopada, arroz e talharim (macarrão). As bebidas eram o vinho e a consertada (mistura de café, cachaça, canela e cravo). A festa seguia o dia, e a tarde tinha um café com rosca de polvilho, rosca de massa e cuscuz.
Muitos dos casamentos eram arranjados pelos pais dos noivos que buscavam perpetuar as alianças entre as famílias tradicionais da região. Quando não eram arranjados, o matrimônio deveria ser bem aceito pelas famílias dos noivos. Se alguma das famílias não aceitasse, acontecia um casamento “fugido”, ou seja, o noivo tirava a noiva da casa dos pais e a deixava na casa de um amigo até o dia do casamento.
Quando acontecia do noivo não querer mais se casar, ele abandonava a noiva, desgraçando a honra da garota. Certa vez, em uma paróquia da região, um pai forçou um rapaz a se casar com sua filha, por achar que ele teria desonrado a moça. O noivo fugiu do casório com seu carro de molas. A família da noiva conseguiu resgatá-lo e forçosamente levou ele até a cerimônia. O resultado surpreendente é que felizes para sempre ou não, a união gerou 18 filhos.