A pluralidade cultural e histórica do município foi explanado e debatido durante a quarta-feira, 14, no 1º Simpósio Cultural de São João Batista: Olhares Para a História Local, que realizou no Centro Cultural Batistense Professora Maria Roselene Duarte Clemes.
A iniciativa teve como público-alvo profissionais da Educação Básica (Redes Públicas de Educação – Municipal e do Estado – Coordenadoria Regional de Brusque), em especial pedagogos (as) e profissionais das áreas de Linguagens e Ciências Humanas. No entanto, demais pessoas interessadas no assunto também puderam participar. Foi o caso de estudantes que estiveram no local e prestigiaram o evento. O evento contou com certificação de participação de 8h, emitido pelo Laboratório de Ensino de História (Leh).
O simpósio foi uma promoção do Fórum Permanente do Terceiro Setor e da Associação de Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil (Adanpib), com o apoio da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) – representada pelo Leh, da Prefeitura de São João Batista – por meio da Secretaria Municipal de Educação e da Funjuve, da Comunidade Bethânia e das escolas estaduais São João Batista e Professora Lídia Leal Gomes.
Trabalhos de Pesquisas
O professor e mestre em História, Malcon Gustavo Tonini, que integra a equipe organizadora, diz que o simpósio contribuirá especialmente com a produção de conhecimentos e dinâmicas a serem discutidas em salas de aula e ambientes culturais. “Foi um dia produtivo. Trouxemos novos pontos de vistas sobre a história e cultura local, com materiais que destacaram a Colônia Nova Itália, Tigipió, o papel das mulheres e os indígenas”, informa. Ele apresentou os trabalhos de mestrado “Memórias da Colônia Nova Itália: Diálogos entre História Oral, Memória e Ensino da História”, da primeira colônia de imigrantes italianos no Brasil, com curiosidades sobre os moradores locais. Ele também apresentou a pesquisa sobre a presença dos bugreiros na região, especialmente Martinho Bugreiro.
A jornalista e mestra em História, Marcia Peixe Vargas, abordou a temática das mulheres. Ela apresentou a pesquisa de mestrado “Memórias em Movimento: História de Mulheres do Bairro Colônia Nova Itália”, onde destacou o papel da mulher naquela época.
O “Pensamento Histórico de Estudantes da Educação Básica sobre a Temática Indigna: Um Estudo de Caso a Partir de Documentos e Propostas da Olimpíada Nacional em História do Brasil” foi o trabalho apresentado pelo professor e mestre em História, Jaison Simas. Ele desmistificou os pré conceitos em relação aos povos indígenas na recente história do Brasil.
Já o professor e mestre em História, Anderson Cleber Loz apresentou o “Vou Botar Meu Boi na Rua: A Canção do Grupo Engenho e o Ensino de História”, em que trouxe ao público a história dos antigos engenhos de açúcar presentes na região, antes mesmo da fundação da Usati.
O que disseram
Para o secretário de Educação, Gregório de Souza Filho, o Gorinho, a realização do simpósio foi importante para a história e cultura local. “Agradecemos a todos os quatro que apresentaram os trabalhos de mestrado. Destaco também a importância dos debates sobre os temas propostos”.
A diretora da Funjuve, Telma Soares, enalteceu o evento e falou sobre a importância de trazer ao público a história local e regional. “Foi um dia de aprendizado para todos. O historiador vai a campo e busca as informações com novas perspectivas de conhecimento”.
O encontro teve a mediação do jornalista Juliano César.
Apresentações
O simpósio contou com várias apresentações culturais. O grupo La Prima Immigrazione, do bairro Colônia Nova Itália, coordenado pela professora Rosana Sardo Kreusch, apresentou a música Balli Genovesi e Bella Ciao.
O Coral Guarani da aldeia Tekoa V’ya, de Major Gercino, também subiu ao palco, bem como o Coral da Funjuve. Coordenado pelo professor Marcio José Gonçalves, eles cantaram Lagoa da Conceição e Meu Boi Vadiou do Grupo Engenho, além de Sol de Sonrisal e Tom Natural da banda Expresso Rural.
Para finalizar, a Cia Teatral EmCena e a Escola de Teatro apresentaram a performance: ‘Afinal o que é Cultura?’ com texto de Esther Cristina Rodrigues e colaboração de Fernanda Cim.