Marcia Peixe
Desde a infância os preparativos para o Natal sempre foram muito presentes em minha vida. Nasci em uma família cristã, com membros católicos e luteranos que juntos sempre enfatizaram ‘a vinda do menino Jesus’. Nestes quase 30 anos, acompanhei de perto, a ano a ano, a minha mãe abrir as caixas com pequenas peças do presépio, piscas-piscas, pinheiro e enfeites.
Aguardava ansiosa a chegada do mês de dezembro, época de cortar a grama, fazer aquela faxina, preparar os doces e buscar musgos entre as pedras próximas ao ribeirão para enfeitar a pequena estrebaria onde Jesus nasceria. Tudo muito simples, mas exigia muita uma dedicação e que unia toda a família.
Além disso, era um tempo de se encontrar nas casas, por meio das novenas para esperar a chegada do menino, por meio da oração. Entre familiares e amigos vivíamos a alegria de acreditar, que Deus enviou seu único filho para viver entre nós, como um bebê. Uma vida tão divina que foi gestada em um ventre de uma mulher, Maria.
Das memórias mais bonitas que tenho deste tempo, estão as encenações do Presépio Vivo, as canções que ensaiávamos na catequese para todo o público e também as noites em acordávamos surpreendidos pelas visitas dos grupos de Terno de Reis. Enfim, cresci acreditando, ainda acredito, que este tempo de espera prepara nosso coração, não só para uma ação simbólica em memória ao nascimento de Jesus Cristo, mas também que por meio de atos concretos, podemos nos tornar pessoas melhores.
Esperar o menino Jesus é uma oportunidade de acolher a mensagem de Amor e Acolhimento que ele traz para o mundo, independente de crenças ou credos.. É promover o respeito, o cuidado e a busca por uma sociedade mais justa e fraterna!
Um bom Natal para todos nós!