Amanda Ághata Costa – Escritora
Sou livre, leve e solta, como uma pluma que cai lentamente do céu, sem se importar com a ideia de onde irá cair. Embora tentem me aprisionar dentro das minhas próprias ideias, de modo que me esconda e não demonstre tudo o que penso, a minha liberdade grita mais alto e faz questão de mostrar a que vim ao mundo.
Não sou do tipo que tem medo de expor o que sinto, por conta das represálias alheias, tão imundas e pouco infundadas, que em nada me intimidam. Sei bem o meu lugar e onde eu me posiciono, onde me encaixo, onde faço questão de estar visível, certamente não é da conta de mais ninguém.
Ser livre me faz ter consciência de tudo o que eu posso conquistar, das longas estradas que tenho permissão para percorrer, e de tudo o que está a dois passos de distância, desde que eu estique bem os pés para alcançar. Eu pulo em qualquer buraco, sem pensar duas vezes, se eu julgar que do outro lado há mais que os outros acreditam que possa ter. Isso de ver além do óbvio, já me colocou em algumas enrascadas inevitáveis, mas também já me conhecer coisas incríveis e ter experiências indescritíveis, que eu jamais iria conhecer se não me arriscasse um pouco mais.
Ter liberdade para ser eu mesma e me permitir quantas quedas forem necessárias, desde que no meio disso eu também saiba parar de pé em outras vezes, me transforma em alguém que me orgulha e me faz ir aonde eu julgar o melhor para mim. E apesar de ter gente que ache que sabe demais e julga que pode palpitar na vida alheia, se tem alguém que sabe o que é o melhor, não para os outros, mas para mim mesma, esse alguém sempre serei eu.