Amanda Ágatha Costa – Escritora
Muito se engana quem pensa que por ser desse jeito, meio dona de mim, que eu não sou do tipo que se deixa levar fácil pelas pessoas. Não precisa nem me olhar duas vezes, para que eu fique igualmente sem jeito e animada por atrair a atenção de alguém. É que embora pareça independente e decidida, também me encaixo no lado dos que são excessivamente dependentes de afeto. Isso não quer dizer que eu seja boba por colocar expectativas demais em todo mundo que eu conheço, só significa que eu tenho uma facilidade maior em acreditar na índole de quem se aproxima.
Sou do time dos que sorriem pouco, mas quando sorriem, não há quem segure o sorriso no rosto. Que parece acreditar em duendes e pequenas fadas, só por ter fé na humanidade e buscar uma bondade que nem sempre é correspondida. Porque eu sou assim mesmo, entre uma mistura de carência e necessidade de contato, que me faz ficar feliz quando há quem enxergue quem eu sou e do que eu preciso de verdade. Não me importo com essas coisas supérfluas do mundo moderno, desde que me rodeiem com carinho e ternura, pois são essas as verdadeiras preciosidades para mim.
Não quero saber o seu nível na sociedade, quantos bens adquiriu ou quantos dígitos tem na sua conta bancária; desde que eu tenha toda a sua atenção nos momentos certos, você já me ganha na hora. Todo esse visual de garota forte e empoderada, não diminui tudo o que tenho por dentro, mas também parece que dá a entender que garotas fortes não podem baixar a guarda e serem frágeis às vezes.
Por ser tão forte e compreender tanto os meus sentimentos, que sei bem aonde minha fragilidade me leva, o que posso ou não fazer, o quanto quero receber de volta dos que estão ao meu redor, e do tanto que ser assim pequena, faz eu ser quem eu sou no fim das contas. Forte, mas igualmente frágil.