A cidade que eu vivo, em sua totalidade, traz consigo memórias que nunca saíram dos armários, como todas as cidades atrasando os degraus de nossa civilização.
A cidade que eu vivo me fascina quando vejo a alegria autêntica e lúcida vencer toda hipocrisia. Hipocrisia que nos adoece nas distâncias das mais alienadas e variadas ignorâncias.Procurar o que nos une, o que nos evolui,antes que o caos e todas as torpes ansiedades, nos tire o prazer de acreditar em confiar em nós próprios, como em todas as pessoas que nos cercam.
Feliz e rico é aquele ou aquela pessoa que sabe dialogar, pedir desculpas quando necessário,silenciar suas dores e sair de mansinho.
Buscar princípios é buscar as verdades universais, e libertar-se das mitologias mortais,patológicas, que construíram guerras, isolamentos sociais, existências, ausentes de vivências, pois hoje, mais do que nunca, nossa gente sabe de necessidades básicas que os faça respirar nas manhãs que nascem, para encontrar em seus trabalhos rotineiros pessoas que se completam, aspiram os mais diversos projetos, em busca de um povo que se fortaleça nas referências de cidade fascinante.
Canelinha, uma cidade de corações abertos. Uma cidade capaz de amar, capaz de sorrir e ver em todos identidades que os movam em oportunidades mais fartas.
Vencer cada dia, lavando nossas almas, nos raciocínios e linguísticas essenciais das mais elementares ideias.
Ideias de saúde, sim.Chega de silêncios sombrios e inférteis que nos levam ao ostracismo trágico de histórias improdutivas, onde o pânico, as dúvidas, deixaram nossas avenidas tristes, sem cantos, sem vozes de crianças amadas, encantadas em correr, brincar, sujar-se de poeiras, de suor, e chegar em seus lares, mergulhando aos abraços de seus pais, com suas vestes passadas a ferro, cheias de boas conversas para nos encantar.
A cidade que eu vivo é feita de pessoas que arriscam seu tempo, suas vidas,todos os dias, na certeza que o progresso se chama diálogo, trabalhos em harmonias, como os grandes capitais que nos transformam na certeza de confiar sempre, em qualquer situação, ou condição, que vale a pena.
A cidade que eu vivos e chama Canelinha, e ela é de todos,não apenas minha.