Amanda Ághata Costa – Escritora
Eu sempre escrevi histórias de amor, mas nunca imaginei que fosse viver uma de forma tão intensa. Não que eu me achasse pouco digna para vivê-la como nos livros que escrevo, ou não tivesse esperança de que um dia iria encontrar a pessoa com quem eu dividiria o meu futuro. Pelo contrário, seria muito justo que um daqueles romances viesse a se tornar real para alguém que já idealizou todo tipo de história romântica através da imaginação.
Não sei como, nem quando, ou o porquê de ter demorado tanto a notar sua presença, mas acho que os amores mais marcantes realmente surgem do jeito mais inesperado possível, desarmando todas as suas defesas em pouco tempo. Com a gente não foi diferente. Uma a uma, as barreiras que eu havia construído ao meu redor durante os anos, foram cedendo por sua causa. Antes de você, eu me via desacreditada em relação aos sentimentos e as relações do mundo real.
Nos livros é tudo mais simples; os relacionamentos são emotivos, cheios de significados. Foi quando você me beijou embaixo daquela árvore, que eu percebi o quanto ainda há beleza em meio às banalidades do universo. Quase que literalmente, achei o meu trevo de quatro folhas no meio de uma tempestade. Tudo fluiu como se fosse pra ser assim desde o começo.
O que eu sinto quando te vejo não pode ser explicado; é uma mistura de alegria, emoção e euforia que não passa nem quando você se vai. O seu olhar, a sua voz, todos os beijos e carícias, além do cheiro da pele e cada sorriso que sai da tua boca, tudo que é seu se torna meu e fica marcado em mim.