A noite de quarta-feira, 31, reuniu 50 mulheres de diferentes faixas etárias para participar da oficina de defesa pessoal, promovida pela Secretaria de Assistência Social e Habitação, por meio do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Cátia Marchiori, e ministrada pelos instrutores da Associação Neotrentina de Taekwondo.
Na abertura do encontro, a secretária de Assistência Social, Samanta Lazzarotto Franzoi, trouxe dados da violência contra a mulher no Brasil. “Ainda temos muitos casos, não apenas no país, mas na nossa região, e este momento, apesar de descontraído, nos ensina técnicas de defesa para nos proteger de possíveis agressores”, ressaltou.
A ação, referente ao Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, teve como objetivo ensinar as mulheres técnicas básicas de defesa pessoal em casos de ataques ou agressões. O mestre Ronaldo Gorges ministrou a oficina no galpão do Centro de Eventos, anexo ao Ginásio Inácio Gullini, com o apoio das professoras Sabrina Machado, Maristela Mulaski e Iorrana Moretti.
“A animação durante a participação das mulheres deixou nossos professores muito felizes. Mesmo sendo um assunto delicado, o clima durante a oficina era de alegria e descontração”, comentou a professora Sabrina.
Após o alongamento, as participantes se reuniram em duplas para aprender as técnicas também de forma prática, explicadas pelo mestre Ronaldo, e em seguida orientadas entre as duplas. Ao final da oficina, foram realizados sorteios de diversos brindes entre as mulheres e oferecido um café na sede da Assistência Social.
O vice-prefeito Moacir Dalla Brida esteve presente na oficina, e destacou a importância de ações como esta para dar mais segurança às mulheres do município.
Dados sobre violência contra a mulher em Santa Catarina
De acordo com os dados do Núcleo de Estatística e Análise Criminal de Santa Catarina, em 2022, ocorreram um total de 31 feminicídios no Estado até o dia 31 de julho.
No mesmo período, em 2021, ocorreram 23 casos de feminicídio em SC, oito óbitos a menos em relação a este ano. A taxa de mortalidade feminícidio já está em 0,42 mortes a cada 100 mil mulheres até julho.
No caso de lesão corporal dolosa, o relatório informa que até 31 de julho foram registrados 9.223 casos no Estado, sendo que em 2021 foram 8.256, registrando um aumento de 967 casos no mesmo período.
Dados sobre violência contra a mulher no Brasil
Conforme o documento “Violência contra mulheres em 2021”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, ocorreram um total de 1.319 feminicídios no país, com recuo de 2,4% no número de vítimas registradas em relação ao ano anterior.
No total, foram 32 vítimas de feminicídio a menos do que em 2020, quando 1.351 mulheres foram mortas. Em 2021, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas.
A taxa de mortalidade por feminicídio foi de 1,22 mortes a cada 100 mil mulheres, recuo de 3% em relação ao ano anterior, quando a taxa ficou em 1,26 mortes por 100 mil habitantes do sexo feminino.