A noite de quarta-feira, 11, foi de reconhecimento e valorização a 11 mulheres de São João Batista. Elas foram as indicadas pelos vereadores para receberem o título de Mulheres do Ano em uma sessão solene, no plenário da Câmara.
Todos os anos o Poder Legislativo realiza o evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. As indicadas são pessoas que prestam relevantes serviços à comunidade batistense.
O presidente da Câmara, Éder Vargas (MDB) afirma que o projeto é de grande importância, pois engrandece as mulheres homenageadas. “Elas são pessoas merecedoras do título. São mulheres de diversos segmentos e que atuam de diversas maneiras na comunidade, contribuindo com o município”, destaca.
Durante toda a solenidade, a Câmara ficou lotada com familiares e demais pessoas que prestigiaram o ato. “Foi uma sessão rápida e objetiva. Fico muito feliz com esse envolvimento delas com os movimentos que participam, e agradeço ainda aos vereadores pelas indicações”, ressalta o presidente.
Conheça as homenageadas
Aline Maria Paulista
A batistense de 42 anos é uma desportista apaixonada por aventuras. Atleta de ciclismo e voleibol, representa o município de São João Batista por toda Santa Catarina em diversos eventos esportivos.
A profissão de enfermeira, onde atua na Saúde de São João Batista, lhe proporcionou a conhecer com mais afinco os trabalhos da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Há cinco anos se tornou voluntária da entidade.
Também no voluntariado, é vice-presidente do Conselho Municipal da Assistência Social e conselheira titular do Conselho Municipal de Habitação e do Idoso.
Aparecida Peixer Martini
A moradora do bairro Fernandes, em São João Batista, tem 48 anos, sendo que há 20 atua como catequista na comunidade onde mora. Na capela São Pedro também é voluntária na liturgia, na decoração e também na organização das apresentações e homenagens.
Faz voluntariado também de intérprete em Libras, a Língua Brasileiras de Sinais, seja em casamentos, audiências no fórum, delegacia, missas ou festividades.
Aparecida se tornou uma estudiosa em Libras após o nascimento da filha. Quando a menina entrou na alfabetização, não se tinha profissionais capacitados para orientá-la, então se aprofundou na área. Quando a filha entrou na faculdade, ela entrou junto, para poder auxiliar na interpretação dos conteúdos. Hoje ambas são graduadas em Artes Visuais, em Pedagogia, pós-graduadas em Libras e cursam a terceira faculdade, de Letras libras.
Cleia Steil
Aos 62 anos, natural de Canelinha, considera-se uma batistense. Afinal, são décadas morando na Capital Catarinense do Calçado. Voluntária na Igreja Católica, faz parte do grupo de liturgia, em que há 12 anos é integrante da coordenação.
Por sete anos se dedicou a levar a eucaristia aos doentes, idosos e acamados. Foi catequista por dez anos, e é escritora de mensagens, intenções e agradecimentos, não só na igreja, mas também para festas de aniversário, casamentos e eventos escolares. Todos esses trabalhos são feitos de forma voluntária, onde o pagamento é a gratidão, não dos outros, mas sim, dela mesma.
Dalva Kammers Gonçalves
Moradora do bairro Cardoso, Dalva, 78 anos, natural de Major Gercino, está há 46 em São João Batista. Na comunidade onde mora se dedica ao trabalho voluntário no Grupo de Idosos Padre Claudio Cadorin Geremias, onde por 11 anos foi presidente do grupo. Se afastou por um período para cuidar da saúde e retornou à presidência em julho do ano passado.No bairro, por 13 anos, também fez parte do Grupo Carismático da Igreja Católica.
Eda Sgrott de Souza
A parapsicóloga, de 48 anos, atende em toda a região. Moradora de São João Batista, é voluntária junto à Rede Feminina de Combate ao Câncer, onde atua com as mulheres em tratamento ao câncer há três anos.
Formada em Parapsicologia há sete anos pelo Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico (Ipappi), contribuie com a sociedade sendo terapeuta, através da Parapsicologia Clínica e Psicologia Positiva.
Eda também fez parte, por cerca de seis anos da Comissão Pastoral Paroquial (CPP) da Igreja Matriz de São João Batista.
Elisiane de Vargas Marques
Natural de Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, está há 11 anos em São João Batista. Antes mesmo de mudar-se para a Capital Catarinense do Calçado, já se dedicava ao voluntariado na Igreja Universal. Ao se mudar para cá, continuou a ser voluntária aos 40 anos.
Em São João Batista, junto as demais participantes, faz visitas a idosos e pessoas acamadas. Leva amor, atenção, boa conversa e a palavra de Deus. O conforto do carinho com os idosos também chega ao Lar Olindina Kemmer, onde visita frequentemente.
Além disso, faz arrecadação de roupas, alimentos e móveis para ajudar as famílias que necessitam.
Irondina Ubelino Fraga
Aos 15 anos, mudou-se da localidade de Limoeiro, em Major Gercino, para São João Batista. Irondina Ubelino Fraga, 92 anos, viveu na época em que o município ainda não era emancipado e acompanhou o progresso acontecer. Progresso não só da cidade, mas também das mulheres, que naquele período não tinham voz nem vez.
De família humilde, sempre trabalhou na roça. Depois, na Usati, Usina de Cana de Açúcar, cortava a cana. Entre os canaviais, além do facão, em caixinha de sabão e balaio, levava junto os filhos.
Enfrentou diversas dificuldade, entre elas, as humilhações diárias pelo simples fato de ser mulher.
Irondina viveu em um período que mulher não podia nem votar. Os tempos evoluíram, no Grupo de Idosos da Amizade, o qual frequenta, chegou a ser a Rainha dos Idosos.
Ivone de Souza Menon
Nascida em Canelinha, Ivone, 63 anos, está há décadas no bairro Ribanceira do Sul, em São João Batista. Disposta e de bem com a vida, leva alegria e contagia a todos por onde passa. Há um ano, participa como presidente do Grupo de Idosos Teobaldino Mendonça, no Centro de Convivência do Idoso Corina Brasil dos Santos.
Ivone assumiu o desafio de presidir o grupo que passava por algumas dificuldades. Mas, após um ano, o cenário é outro, com empenho e dedicação junto à equipe, proporciona momentos agradáveis aos idosos da cidade. Ainda sobre voluntariado, por mais de 20 anos atuou no grupo de canto da Igreja da cidade.
Lucelaine Souza Lodetti
Desde menina, Lucelaine, 53 anos, é voluntária na Igreja Matriz de São João Batista. Ela auxilia na decoração e organização da igreja e também nos eventos, como o salão paroquial nas festividades do padroeiro. As flores, apetrechos, utensílios, velas, tudo é idealizado por ela, junto à equipe da paróquia.
Aos 14 anos fez parte do Grupo de Jovens, foi catequista de Crisma por 16 anos, e catequista da Primeira Eucaristia por mais dois. Por 19 anos foi membro e coordenadora do Grupo Bíblico em Família, em São João Batista e na Forania. Por quase dez anos também foi membro do Encontro de Pais com Cristo (EPC).
Luciany Vargas
A batistense de 40 anos se dedica à vida cristã. Católica, há quatro anos atua de forma voluntária na Comunidade Bethânia, no bairro Timbezinho. Com carinho e muita dedicação, é membro atuante do grupo de oração. Esse grupo é composto pelos acolhidos de Bethânia e a comunidade que frequenta o local. Uma admiradora e apaixonada pelos ensinamentos do Padre Léo, revela que fazer o bem ao próximo, se doar a quem precisa lhe enche de amor.
Ruthe Vargas Tomazoni
Natural de São João Batista, a moradora de Colônia Nova Itália, aos 74 anos, tem uma vida dedicada ao voluntariado. Desde garota auxilia nas ações realizadas na Capela Santo Antônio. Por uma década foi catequista na comunidade, onde chegava a doutrinar duas turmas no mesmo ano. Da capela também foi presidente do Conselho de Pastoral da Comunidade (CPC).
Por muitos anos, na época em que não se tinha facilidade em transporte e locomoção, servia de acompanhante aos doentes. Foram inúmeras as noites que passou dormindo em hospitais e dessa forma, o paciente pode receber também conforto e carinho.
Há cerca de seis meses se ausentou das atividades na igreja para cuidar do marido, mas mesmo assim, sempre atende quem bate à porta.