A programação na Comunidade Bethânia seguiu durante a tarde e foi marcada instauração do Tribunal Eclesiástico. Neste momento, os responsáveis pelo processo de beatificação do Padre Léo se comprometeram com a causa e assinaram documentos necessários para os trâmites.
Na sequência, a Santa Missa coroou todo o momento. De forma bastante emocionante, logo no início da celebração os restos mortais do Pe. Léo foram levados até o palco, derramando lágrimas nos fiéis presentes.
Diversos padres participaram da missa, bem como o arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck. Autoridades municipais e estaduais também prestigiaram o momento.
O ex-prefeito de São João Batista, Gilberto Gonçalves Cândido, acompanhou os momentos durante a tarde. Ele, inclusive, era prefeito na época em que Padre Léo decidiu construir a Comunidade Bethânia, em São João Batista.
“É uma honra e satisfação estar hoje nesse movimento de abertura do processo de beatificação. Lembro que em 1995, Pe. Léo ganhou o terreno da Usati, e coube à prefeitura ajudar a desbravar essas terras, que tinham somente eucaliptos. Tenho a satisfação em ter participado na construção de todo esse legado, e estar hoje vivenciando este momento”, diz.
A família do Pe. Léo também participou durante todo o dia da programação preparada em Bethânia. Uma das irmãs, Célia Gonçalves Pereira, 62 anos, veio de Itajubá, Minas Gerais, para vivenciar o momento do irmão.
Ela lembra a pessoa que era Léo Tarcísio Gonçalves Pereira: brincalhão, extrovertido, alegre, inteligente e observador. “Gostava muito de estudar, e desde cedo quis ser padre, ele brincava de celebrar. Ele foi padre consciente, e inconsciente também, em que ele celebrava na UTI”, conta.
Para Célia, é uma emoção muito grande e um privilégio vivenciar a abertura do processo que poderá tornar o irmão um beato. “Nem mesmo ele imaginava que essa obra se tornaria tudo isso, porque ele sonhava com uma Bethânia pequena. E fico muito feliz em estar aqui, pois é um chão que ele escolheu viver. E todo canto aqui em Bethânia tem um pouco dele”, diz.
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Uma terra de santo
Os fiéis que estiveram na Comunidade Bethânia tinham convicção de estarem pisando em terra de santo. Almira Lúcia dos Santos Lessa, 45, de Maquiné, no Rio Grande do Sul, estava bastante emocionada durante toda a celebração eucarística.
“É um momento único. Não tem explicação. Conheci o Pe. Léo por meio da renovação carismática, e agora para mim aqui é um sonho realizado. Ano passado estive aqui com uma caravana, mas hoje foi diferente, a todo momento senti vontade de chorar, é uma emoção muito grande”, diz.
Daura Rocha Vieira, 62, de Imbituba (SC), conheceu Pe. Léo por meio das pregações na TV Canção Nova, e aproveitou a data especial de abertura do processo de beatificação para conhecer pessoalmente o legado deixado pelo sacerdote. “Gostaria de ter o conhecido em vida, mas assim já me sinto feliz em participar desse momento. Ele está sempre em minhas orações e acredito que tem intercedido por minha família”, diz.
Silvana Rosa da Silva, 49, de Tijucas, teve a oportunidade de conhecer Pe. Léo em vida, quando ainda era seminarista, e prestigiou encontros e palestras com ele. “Para mim estar aqui hoje é uma honra. Já vim outras vezes em Bethânia, mas hoje ao chegar aqui já senti uma emoção muito grande. Acredito que ele será nosso santo dos dias de hoje, e como ele mesmo falava, um santo de calças jeans”.
Maria Fagundes da Rocha, 42, de Curitiba (PR), viveu uma emoção grande durante toda a celebração. Ela lembra que Pe. Léo apareceu no momento em que mais precisava em sua vida, em que estava deprimida. “Uma vizinha emprestou um CD com as pregações dele e dali em diante minha vida mudou. Tenho paixão pelo Pe. Léo”, diz.
Ao fim da missa, os fiéis receberam da Comunidade Bethânia uma relíquia do Pe. Léo, juntamente com a oração de intercessão.
Em seguida, o cantor Thiago Brado, amigo da Comunidade, subiu ao palco para um show bastante animador e emocionante.