O poder de ajudar ao próximo quanto às questões de saúde sempre fascinou o enfermeiro Jardel Olino dos Santos, 41 anos, desde criança. Em 2002, concluiu a graduação em enfermagem pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e em 2014, pós graduou-se em Atenção Domiciliar pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Desde 2003, Santos atua em São João Batista, sendo que atualmente atende na Unidade Básica de Saúde do bairro Jardim São Paulo como enfermeiro da Estratégia Saúde da Família. “Trabalhar na área da saúde me traz conforto e realização como ser humano”, afirma.
Ele ressalta que o pai Lorindo dos Santos e a mãe Maria de Lourdes Dalsenter dos Santos também o influenciaram a seguir a carreira. “Sou muito grato a eles por fazerem parte de toda essa jornada”, agradece.
Mas, o que ele não imaginava era que sua profissão ganharia um novo capítulo, em meados de março, quando a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil. “Ela veio realmente para tirar tudo da rotina mesmo”, diz.
Desde então, ele e toda a família tem redobrado os cuidados em casa. Sempre que saem, utilizam as máscaras, e após o uso, as limpam. “Sempre que retornamos de nossas atividades ou dos nossos afazeres diários colocamos as roupas para lavar, higienizamos as mãos e tomamos banho. São medidas assim que auxiliam no combate à proliferação do covid-19”, conta.
Misto de sentimentos
O enfermeiro afirma que as incertezas do trabalho diário trazem um misto de sentimentos a ele e demais profissionais da saúde. “Estamos diretamente em contato com os pacientes, o que aumenta nossa exposição ao covid-19. Isso nos preocupa muito”, diz.
O medo faz parte da rotina do profissional devido às dúvidas frente à pandemia, mas não há como fugir. “Desistir nunca foi uma opção, e acho que falo por todos os colegas de trabalho. Estamos enfrentando essa pandemia de frente e a cada dia com mais determinação”, garante.
Realização profissional
Apesar de viver em meio a um cenário incerto e cheio de preocupação tanto dele quanto dos familiares, o enfermeiro afirma que não se vê fazendo outra coisa a não ser trabalhar na saúde.
Ele revela ainda que, atender um paciente com sintomas respiratórios envolve vários sentimentos, pois por mais profissional que seja, não é possível ignorar o lado ser humano. “Quando realizo esse tipo de atendimento sempre rezo para que o caso suspeito não se confirme e que o paciente recupere logo o estado de saúde”, conta.
Para o enfermeiro, a realização do trabalho o deixa muito orgulhoso e grato, principalmente no município em que trabalha. “Quem pode cuidar de um ser humano é outro ser humano, por isso, sejamos fortes e responsáveis para o enfrentamento dessa pandemia. Vamos ficar bem, mas cada um tem que fazer sua parte”, acrescenta.