Neste sábado, 10, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São João Batista comemora 36 anos de fundação.
Durante esses anos a entidade passou por diversas transformações, sendo que a principal foi que deixou de ser uma escola e passou a ser uma instituição que faz intervenção e trabalha na reabilitação das pessoas.
A diretora Kamily Peixer Gatis explica que, no primeiro momento, iniciou com a perspectiva de escola para alfabetização. “Naquela época, as crianças não tinham o direito de serem alfabetizadas. Hoje temos a lei da inclusão que garante o ensino comum a todas as crianças, independente da deficiência”.
Hoje, a maior demanda da entidade, segundo a diretora, é o serviço de estimulação de crianças de zero a seis anos. “Em 2015 tínhamos nove crianças atendidas, hoje são 28”, revela Kamily.
O aumento de mais de 210% representa a necessidade de ampliação dos serviços e de atendimento. Por isso, durante a pandemia do coronavírus e a suspensão dos atendimentos presenciais, a entidade aproveitou o momento para realizar a reforma.
“Ampliamos mais uma sala para que pudéssemos organizar os atendimentos da estimulação precoce. Já temos nove crianças que aguardam também pelo atendimento de forma presencial, sendo que já iniciamos as orientações de forma online”, destaca.
Além disso, foi necessário ampliar também a equipe e aumentar carga horária para atendimento e orientação às famílias.
Adultos e adolescentes
Ao todo, a Apae de São João Batista atende mais de 90 pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas. Em relação aos adolescentes e adultos, a diretora Kamily ressalta que há disponibilidade de atendimentos ainda.
“O que temos muito é a procura por pais de crianças de até seis anos, com ou sem diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou crianças com que vem com algumas características de autismo”, informa.
Kamily acrescenta que a entidade também possui o serviço de avaliação diagnóstica para que possam iniciar a intervenção com as crianças o quanto antes.
Garantia de inclusão
Além de Kamily, a Apae de São João Batista tem na direção a presidente Maria Valquíria Puel. “Para nós, estar à frente da gestão da instituição, que é tão importante para garantir os direitos da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, é um privilégio”, afirma a diretora.
Ela ressalta que a luta para inclusão não é fácil, mas que a entidade conta muito com a participação das famílias, que tem papel essencial, especialmente em acreditar nessas pessoas. “Atuamos muito no fortalecimento de vínculos das famílias e apoiamos para que possam ser protagonistas na defesas dos seus direitos”, acrescenta.
Histórico
Em 10 de outubro de 1984, algumas pessoas da comunidade de São João Batista se reuniram para fundar a Apae, tendo como missão promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços, apoio às famílias. Sendo direcionadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e a construção de uma sociedade justa e solidária.
O projeto concretizou-se logo com uma diretoria provisória, ao qual tomou frente o saudoso Celso Narciso Cim, como primeiro presidente.
Durante esses anos, a Apae foi ministrada por 14 gestões, tendo como presidentes: Celso Narciso Cim, Maria das Graças Azevedo, Jaqueline Aparecida da Silva Zchornack, Maria Eliene Sartori Ficanha, Amarildo Darosci, Zelito Antônio Silva e Lênio Peixer e a atual gestão de Maria Valquíria Puel.
Cada diretoria exerceu o mandato com um toque de amor e comprometimento, deixando marcas que ficaram ao longo da história e ainda se fazem presentes até os dias atuais.
Show de prêmios
Em comemoração aos 36 anos da Apae, neste sábado ocorre o sorteio do Show de Prêmios. Serão sorteados R$ 21 mil em dinheiro, do 1º ao 16º número.
Já o 17º prêmio é um veículo Fiat Mobi 0 KM. O sorteio poderá ser acompanhado por meio de uma Live, que será transmitida no sábado, 10, às 10h, pelo Facebook da Apae de São João Batista.