Diácono Cleomar Raach (IECLB)
Texto para reflexão: Mateus 28. 1-10
Agora vão depressa e digam aos discípulos dele o seguinte: “Ele foi ressuscitado e vai adiante de você para a Galileia. Lá vocês vão vê-lo”. (v.7)
O símbolo da pedra lembra tanto a solidez, a fortaleza, a segurança como o inanimado, o frio, a morte. Uma grande pedra separava Jesus das mulheres na manhã do domingo da Páscoa. As mulheres foram ao túmulo feridas pela morte do seu amado. Três dias se passaram… Perdas, decepções, desgraças têm a força de desorientar a vida, de ferir, de bloquear horizontes, de deixar que o medo e a raiva paralisem, como vivemos nestes tempos de pandemia. Essa força é sempre maior que a nossa! O que fazer?
O relato do terremoto, que faz os guardas desmaiarem, é impactante! Se as forças da morte sempre são maiores do que as nossas, a ação de Deus é capaz do improvável. Não tenham medo”! – três vezes essa frase é dita. Como não ter medo? Com medo, mas alegres, as mulheres seguem adiante.
Imagino que elas não anunciaram somente porque lhes foi mandado, mas porque essa experiência foi maravilhosa! Neste ir, entre medo e alegria, elas encontraram o ressuscitado e tocaram nele. O que anunciaram era real. Elas ouviram e viram!
E daí, se os homens não acreditarem? Anunciar entre medo e alegria: Cristo vive! A pedra que separa morte e vida foi retirada. Nada há de impossível para Deus. Então decepções, desgraças, pandemias e morte não vão nos paralisar. Há uma força maior do que a nossa que quer e insiste na vida! Cuidar da vida, buscar por vida, preservar a vida, nossa e de toda a criação, eis a nossa tarefa! Façamos, por fé, entre medo e alegria.
E que assim, eu possa testemunhar com esperança que Cristo vive! Aleluia!
Oração: Ó Deus vivo! Já não somos paralisados pela cruz, pelo medo e pela dor, pois Cristo venceu a morte. A pedra foi removida, não pela nossa força, mas pela força da vida que vem do teu querer. Que anunciemos a boa nova da Páscoa em nosso viver, sem medo, mas com alegria.