Desde 2017, o Morro da Gurita, no bairro Fernandes, em São João Batista, tem atraído ainda mais visitantes e esportistas que realizam a caminhada para chegarem ao pico a, aproximadamente, 654 metros acima do nível do mar.
De longe já é possível ver a cruz de ferro, que de noite é iluminada por uma luz de led movida a energia solar.
A história do Morro da Gurita ainda não é bem esclarecida. O que muitos sabem é que três moradores da região subiram no local para fixar uma cruz e pagar uma promessa de saúde na família de um deles.
Mas, um poema escrito por Alcino Costa, em 20 de fevereiro de 1961, conta a história da “Cruizinha de ferro”. Nos versos, o escritor relata a história da família de dona Francisca Pereira, que um ano atrás havia perdido o amado marido.
Sem condições de criar os nove filhos sozinha, os parentes se prontificaram a cuidar de dois. Os mais velhos ajudavam a mulher, mas Paulino de Souza, de 11 anos, era o mais trabalhador. Ele levantava cedo e ajudava João Caeira a puxar “tora”.
Em 21 de abril de 1960, enquanto João Caeira ajeitava os bois, o menino pegou um pau e mexeu para ver se a tora corria. Ao escapar do cepo, começou a rolar atrás de Paulino.
Caeira não conseguiu alcançar o menino, que caiu e a tora passou por todo o corpo.
O corpo ensanguentado do menino foi levado em cima de uma tábua até dona Francisca, e por onde passava, era uma tristeza sem fim.
Para marcar aquele trágico episódio foi colocada uma cruz no pé do morro, e a “tora maldita” ficou apodrecendo ao lado.
Troca da cruz
O morador do bairro Fernandes, Amarildo Alexandre, 57 anos, conhecido com Cabelo, conta que, aos 14 anos, ele e um grupo de amigos pediram permissão aos pais para subirem ao morro e colocar uma nova cruz, pois um raio havia partido ao meio a anterior. “Fomos roçando o caminho para abrir mais a trilha e achar a cruz, então colocamos a nova, que era de madeira”, conta.
Em 25 de novembro de 2017, um grupo de, aproximadamente, 40 pessoas se uniram para levar até o pico do morro a atual cruz. Com dez metros de altura e seis de braço, a cruz foi construída de ferro, pesando cerca de 340 quilos. Jundierlei Érico Borg, o Lei, foi o responsável pela fabricação da cruz.
O Morro da Gurita traz a visão privilegiada de toda a região e tem se tornado rota dos trilheiros que buscam aventuras no Vale do Rio Tijucas.
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