Juliano César
A Audiência Pública realizada na noite de terça-feira, 14, na Câmara Municipal de Vereadores de São João Batista, é a esperança de reabertura do diálogo entre o Poder Executivo e os professores grevistas do SindiEducar.
Nos bastidores, os vereadores se mostraram confiantes e trabalharam para intermediar o ‘processo de paz’ entre as partes. Mas ainda há resquícios a serem sanados e, durante a audiência, houve momentos de ‘trocas de fartas’, durante os pronunciamentos.
O SindiEducar novamente expõe o seu ponto de vista acusando a Prefeitura Municipal de fazer pouco caso. Já o executivo destacou números e analisou que não tem condições financeiras de cumprir com aumento e permanecer os ‘penduricalhos’.
Nesta semana, o sindicato voltou a protocolar a contraproposta que havia retirado, em uma tentativa de reaproximação para as negociações.
O assunto creche também esteve em pauta durante a audiência. E a falta de vagas assustou a todos, pois a fila estaria em torno de 700 crianças.
Promotoria
De novidade mesmo foi a presença do promotor de Justiça, dr. Nilton Extenkoetter, do Ministério Público, que analisou a situação do ponto de vista da Promotoria Pública. De acordo com ele, até então, nenhuma das partes havia procurado o MP para tratar sobre o assunto.
Na avaliação do magistrado, a greve não era o único caminho. “Poderiam ter pedido o direito ao piso junto ao Poder Judiciário. Pois a greve, a partir de 16 de novembro, causou enormes transtornos para a comunidade e aos estudantes”, disse.
O promotor também pediu uma atenção quanto ao Plano de Carreira. “É preciso ver os ganhos e perdas, já que do jeito que está, daqui a pouco vai atrasar até mesmo os salários, sem falar na situação do Ipresjb”, analisou.