Por Amanda Ághata Costa
Feita de paranoias, de interrogações, de tudo o que a intriga e do que nunca parece ser tão simples quanto é. Afinal, nada que vem fácil é um bom sinal. Mal ventou, mas para ela é como se um furacão tivesse destruído a cidade inteira. Tudo sempre é maior e mais preocupante do que a realidade.
Um mais um nunca é igual a dois, porque onde tem facilidade, tem suspeita. Costuma encontrar defeitos até no que parece ser perfeito, pois a perfeição é apenas um ponto de vista meio tortuoso, e seu olhar pode estar meio desfocado naquele momento. Para alguns, tantas implicâncias são vistas como exageros, mas é a forma que ela encontrou de desvendar as suas próprias respostas.
Talvez poucos a entendam, e ela sabe bem disso, pois ser tão complexa costuma gerar esse tipo de estranhamento. Toda ação tem uma reação, quer goste ou não. Ela já chegou a se incomodar com os olhares discriminadores e os sorrisos tortos que recebeu, porém também aprendeu a lidar com eles. Tudo é como uma lição, seja boa ou ruim, ainda assim pode ser útil.
Ela sabe distinguir os erros dos acertos, mas se culpa mais pelas suas faltas do que comemora suas vitórias. Não que ela seja pessimista ou ranzinza o tempo todo, é que simplesmente tenta superar seus próprios limites com frequência. Ela se multiplica em muitas para conquistar seus sonhos, embora sempre pense que poderia ir além e fazer ainda mais. É como se quisesse agarrar o mundo todo de uma vez, mesmo sabendo que é algo impossível.
Aliás, impossível é uma palavra inexistente em seu vocabulário. Improvável talvez seja o mais ideal. Não há nada que ela deixe de tentar pelo simples medo de não conseguir. Todos podem apontar o dedo e dizer que ela é a mais paranóica, exagerada, irritante e até a mais maluca de todas, mas jamais poderão dizer que ela não corre atrás do que acredita. O seu mundo é aquilo que ela faz ser.