Amanda Ághata Costa – Escritora
Eu respiro amor em cada um dos meus poros, como se esse nome fosse tão meu, ao ponto de só viver em função do amor sem reclamar pelas milésimas queixas de saudade, dos desentendimentos repentinos ou de todos aqueles clichês que ele mesmo carrega consigo. Eu trago tatuado em minha pele todas as borboletas que encontrei aprisionadas no meu estômago, e conto uma por uma, como se fossem bilhetes premiados, pois no fundo elas são realmente valiosas.
Quando uma borboleta se agita, às vezes trazendo várias outras consigo uma a uma, é como uma grande festa acontecendo no seu interior. Nenhuma borboleta bate as asas tão forte por algo que não seja igualmente poderoso. Elas sentem o que está por vir.
É por isso que eu sinto o amor pulsando em minhas veias, tão veloz e intenso que carrega o que pode e até o que possivelmente não deveria levar. Nada quando se trata de amor é superficial. É profundo, com uma vitalidade tão sutil e ao mesmo tempo tão devastadora, que chega a ser ambíguo de uma forma bonita.
Enxergar a beleza do amor é para poucos; tem quem pense que o poder em demasia seja assustador e evitam alcançá-lo por medo das consequências de senti-lo. Tem quem acredite que mais vale viver um dia sem amor, do que viver vários sentindo a dor de uma possível reação incontrolável. E no meio disso tudo tem eu, que penso que se for para nunca sentir o amor me enchendo das mais preciosas sensações que somente ele pode me proporcionar, mais vale nunca nem ter sequer existido.