Amanda Ághata Costa – Escritora
Que esta mão a acariciar o rosto nas alegrias momentâneas, seja aquela que cubra com afeto as artimanhas da psique quando sucumbires em desespero. Durante o tardar do mais gélido dia, que no cintilar das estrelas, teu espírito sinta-se abrigado no esculpir reluzente que os deuses predispõem à totalidade de olhares. Na brisa do mar suave, lentamente encontrarás as respostas do passado, presente, e futuro.
Que o aroma de frutas frescas, roseirais floridos, não tragam-lhe a singela lembrança do que por ventura, outrora representaria. Que tu sintas o coração acelerar, e dentre as imagens refletidas na memória, um específico sorrir seja a razão de toda a tua existência.
Que este represente o preencher do traçado destino, que porventura julgavas inábil e inexistente. Tu irás crer em exatamente aquilo que fartavas os lábios para o menosprezo constante e enxergarás no espelho o que desejavas possuir.
Ainda assim, tampouco a felicidade residirá em ti, pois necessitarás da vida que evadiu de teus dedos, por conta de tuas ações impensadas. Neste exato momento as lembranças te cegarão os olhos e lamentarás por todos os pecados, feito qualquer ser humano portador de imatura razão. A facilidade em valorizar somente após o perder, tornou-se há décadas a aptidão de mil e um corpos.