Maria Beatriz Dalsasso Côrte
E mais um calendário com dias contados. Aqueles sonhos sonhados e não realizados continuam como metas para o próximo ano. Que venha 2021. Mas, a gente quer continuar juntos.
Um ano apocalíptico? Entre tantos fatos, de fato, as conclusões não se efetuaram apesar de infinitas polêmicas. Diálogos que não germinaram nesta triste e violenta ventania de desempregos multiplicados, balas perdidas, demências, doenças, homicídios e suicídios, suplicando o clamor da vida.
O caos não deve vencer a ordem natural e universal. A gente acredita, força vital da inteligência em evolução, vencendo as arrogâncias insanas de um poder mortal, denominado globalista. A gente acredita, sim. Liberdade, nosso bem mais precioso.
Que os jovens redescubram sua essência no calor febril de suas emoções hormonais, elevando suas capacidades intelectuais de ação, nesta nova sociedade que se apresenta como verdadeira, aos caminhos que se abrem na mais completa liberdade. Compromissados, sim, nos elos que a vida se apresenta. Arrancar as máscaras que separam pátrias, classes, línguas e continentes.
Foco no retrovisor desta longa e lunática metragem que escreveu os dias de 2020. Aprender com os erros. Com as perdas. Vitórias de frustrações.
Ouvir as sonoridades de nossos corpos, belos esqueletos mortais, aos sinais de um mundo que geme de fome e sede. E a natureza é a mãe dadivosa, saciando as básicas necessidades de seus filhos, nas vozes mais sublimes quando o amor chega, senta na varanda, olha a lua de um verão que promete esquentar.
Esquentar a vontade de viver, na autenticidade de sermos esta gente simples que canta as dores e todas as alegrias, vividas em um só dia.
No foco do retrovisor vi muitos amigos e amigas correndo no tempo, que se chama “agora”. Saudades do ontem que passou, neste agora que começa. Ascender os faróis, uma nova lei estabelecida para fugirmos do escuro de nossas solidões.
E assim, sairmos do retrovisor, onde todos, essencialmente todos, magistralmente seguirmos adiante. Sem pressas e sem atropelos.
Chegaremos lá, 2021 está logo ali.