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Início » Artigo » O padre Cruz, os negros e o boi

O padre Cruz, os negros e o boi

A literatura produzida pelo revolucionário padre Cruz, uma pessoa polêmica em sua época, possibilita oportunidade de se aprender sobre o modo de ser e estar da comunidade negra que fez parte da construção do Vale do Rio Tijucas

O padre Cruz, os negros e o boi

Por Redação Correio Catarinense
13 de dezembro de 2021
Divulgação

Malcon Gustavo Tonini – Mestre em História

As paróquias de “São João Baptista do Alto Tijucas Grande” e de “São Sebastião da Foz do Rio Tijucas”, ambas pertencentes ao município de Tijucas a partir de 1859, possuíram no final do século XIX um pároco em comum, o português Manoel Miranda da Cruz. O padre Cruz, além de religioso, foi militante do movimento republicano. Entre os anos 1881 e 1890 propagou ideias que divergiam de interesses de muitas oligarquias que viveram no Vale do Rio Tijucas. Certamente, sua presença não agradava, por exemplo, proprietários de engenhos que utilizavam mão-de-obra negra e escravizada na produção de açúcar.

Ao padre Cruz é atribuída à incorporação de culturas portuguesas na região, hoje consideradas tradições “açorianas”, devido a movimentos políticos na década de 1940. O Padre teria forjado a tradição da festa religiosa do Divino Espírito Santo, realizada periodicamente no município de Tijucas. Durante o ciclo natalino entre 1887 e 1888, ao escrever para um periódico republicano sobre festejos religiosos em São João Batista e na região do Moura (Canelinha), teria deixado indícios culturais relacionados à introdução da tradição do boi de mamão em nossa região. Segundo seus relatos, para o jornal “O independente”, ocorriam atividades festivas realizadas por negros que comemoravam a um dos três reis magos, o Rei Baltasar (negro), “girando, pulando e berrando noites inteiras ao redor de uma coisa que chamam bumba meu boi”. O bumba meu boi, ou boi de mamão, é uma tradição popular também em São João Batista, com personagens humanos e animais, que giram em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.

A folia de reis, o boi de mamão, são tradições que resistem ao tempo. No Vale do Rio Tijucas, atividades negras foram eternizadas pelo padre Cruz em seus registros. Fato relevante, se pensarmos que na época em que esteve por aqui, pouco se dava importância a escrita do que faziam negros cativos e libertos. Com a libertação dos escravizados em 1888, as lutas negras por visibilidade seguiram e ainda seguem pelo tempo. Na construção de tantas variações relacionadas à cultura do boi de mamão, inicialmente encenada entre o Natal e o Carnaval, o negro foi fundamental, e os relatos do abolicionista Padre Cruz confirmam essa informação.

A literatura produzida pelo revolucionário padre Cruz, uma pessoa polêmica em sua época, possibilita oportunidade de se aprender sobre o modo de ser e estar da comunidade negra que fez parte da construção do Vale do Rio Tijucas. É inegável que sua postura ao contar aos leitores do periódico republicano, suas experiências e também questões ligadas às relações escravistas, contribui para que possamos conhecer um pouco dessa história. A fala de um homem afastado das atividades religiosas, devido a um relacionamento amoroso proibido, deu voz a uma cultura por muito tempo considerada profana e, portanto, o empenho de suas filhas Otília e Áurea, que dedicaram suas vidas à salvação da alma do polêmico padre, condenado por discordar de tradições conservadoras, não foi em vão.

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