O desejo de ser mãe de Odides Schroder, 45 anos, sempre superou todos os obstáculos que encontrou pelo caminho. Atualmente, com 20 anos de casada com Claudir Fachin, o casal vive a alegria de ter em casa a pequena Ana Clara, de sete anos.
Mas, antes da chegada do bebê arco-íris, Odides vivenciou duas perdas gestacionais. Ela conta que todas as três gestações que passou foram planejadas.
A primeira ocorreu em 2008, seis meses após decidir junto com o marido que queria ser mãe. A segunda gestação ocorreu em 2010, de gêmeos. “A descoberta é um momento inexplicável. Surge um sentimento maravilhoso”, conta a mãe.
Ela lembra que as duas primeiras gestações foram bem parecidas, sem nenhuma complicação no início. Porém, os abortos ocorreram no terceiro mês. “A causa dos dois foram devido a um mioma uterino, o que fez com que eu tivesse os dois abortos de forma natural”, explica.
Os médicos explicaram ainda que o mioma de Odides expulsava o feto. Por isso, não conseguia manter as gestações. A mãe precisou passar pela curetagem por duas vezes, sem ao menos saber o sexo dos três bebês, um da primeira gestação e os gêmeos da segunda. “Viver esse momento foi muito triste e delicado”, afirma.
Apesar de ter sido ainda no início e não ter nada preparado em casa, a mãe conta que já havia recebido muitos mimos de pessoas amigas, o que enchia ainda mais o coração de amor e desejo de conhecer os filhos.
Tratamento
Após as duas perdas, Odides precisou passar por um período de tratamento, seguido de uma cirurgia para retirada do mioma.
Foi então que, em 2013 engravidou de Ana Clara, que nasceu em 25 de março de 2014. “Foi uma gravidez tranquila. Não precisei tomar medicação, mas sempre muito ansiosa e com medo de perder ela também”, conta.
Ana Clara nasceu de cesariana, na data escolhida pelo médico, assim que a mãe fechou as 39 semanas de gestação. Mesmo que não pretenda ter mais filhos, Odides afirma que ser mãe representa muito para ela.
“Por isso, digo para quem tem a mãe presente, para aproveitar essa data comemorativa para dar o mais sincero carinho e o mais singelo sorriso. Se ela estiver distante, aproveite ainda assim para desejar o melhor, onde quer que ela esteja”, sugere.
A mãe diz ainda, para outras mamães que também passaram pela perda gestacional, para se permitirem. “Apenas sinta e viva sua dor. Sem cobranças. Seu bebê virou uma estrelinha no céu que estará sempre olhando por você”.