O retorno das aulas presenciais ainda vem sendo discutido tanto pelo estado quanto entre os municípios. Conforme decreto, as aulas se mantém suspensas até 12 de outubro. Durante este período, a Secretaria de Estado de Educação acompanha, juntamente com a Secretaria de Estado da Saúde, a progressão do coronavírus.
De acordo com a Secretaria de Saúde, para as aulas retornarem, nem a situação de risco moderado por conta da doença pode estar em vigência.
Um plano estadual de contingência para a retomada das aulas presenciais na rede pública e privada, do ensino infantil ao médio, foi finalizado no início de setembro.
Nele está previsto o retorno, ainda em 2020, na rede estadual de educação, de aulas destinadas ao reforço escolar dos alunos com dificuldades de acompanhar atividades remotas.
O número de alunos por sala ainda deve ser definido em conselhos de classe e a retomada presencial das séries abaixo do 6º ano não deve ocorrer neste ano, em relação ao ensino público estadual.
A prioridade no retorno será dos alunos que não estão fazendo nenhuma das atividades remotas estabelecidas pela Secretaria de Educação. Mas, caso haja algum aluno que não se enquadre na necessidade de reforço e queira voltar, não será impedido.
As redes municipais e privadas podem seguir o governo, mas poderão estabelecer o retorno de mais alunos. Entretanto, não poderão retornar o ensino infantil, pois, para o estado, as condições sanitárias ainda não são favoráveis.
O plano de retomada, com oito diretrizes, foi encaminhado aos municípios para ser usado como referência na elaboração também das regras municipais de retorno às aulas presenciais.
Municípios do Vale estudam possibilidades de retorno
Na região, representantes dos municípios têm se reunido para avaliarem as possibilidades de retomada das aulas presenciais ainda em 2020.
Em Nova Trento, uma comissão foi formada com profissionais de diversos setores e reuniões constantes são realizadas. Apesar do município ainda não saber se realmente haverá o retorno, está sendo preparado um documento, caso volte.
Já em São João Batista, a secretária de Educação, Rafaela Tamanini dos Santos explica que não há previsão para retorno, pois a Avaliação de Risco da Região segue no Laranja, ou seja, com Risco Potencial Grave.
“Conforme as autoridades sanitárias, a alteração no status somente será possível caso a região passe para a cor amarela, que é o Risco Potencial Alto, e permaneça nela por, no mínimo, duas semanas”, destaca.
Canelinha e Major Gercino acreditam que as aulas na rede municipal não ocorrerá neste ano, já que os municípios atendem apenas os anos iniciais, do 1º ao 5º ano e educação infantil. “Estamos em alinhamento à rede estadual, que fará o retorno gradual, mas que não chegará até as séries que atendemos”, frisa a secretária Rosangela Leal, de Canelinha.