O único Museu da Informática e do Vídeo Game no Brasil fica sediado em São João Batista. O espaço, inaugurado em 2016, em uma sala de um mil metros quadrados, anexo a Educomp, no Centro da cidade, já recebeu centenas de visitantes.
Idealizado pelo empresário Eduardo Augusto Demonti Vicente, 41 anos, o local conta toda a história da evolução tecnológica, desde os primeiros modelos de computadores, impressoras, HDs, mouses, cartão perfurado como meio de armazenamento e tudo o que está relacionado à informática.
Aos amantes da ciências da computação, é possível encontrar raridades, como um HD enorme, mas com capacidade de armazenamento de apenas 1,7 gigabyte. “Para ter uma noção, um notebook atual tem, pelo menos, 500 GB”, compara Vicente.
Dentro do museu há um modelo da primeira geração dos computadores, um mainframe IBM, de 1949. Pesando mais de duas toneladas, a máquina precisou ser colocada dentro da estrutura com ajuda de guindaste.
Na década de 1980, a informática passou por uma grande revolução e então foram surgindo os primeiros modelos para uso pessoal, onde era possível ter um em casa.
O primeiro notebook do mundo, chamado de microcomputador portátil Osborne 1 surgiu em 1981. Ele também pode ser encontrado dentro do museu, em São João Batista, assim como o monitor de fósforo laranja, uma peça de grande valor e rara.
Em 1989, nos Estados Unidos da América, foi lançado então um novo modelo, colorido, com disquete menor. Os computadores daquela época eram utilizados mais para jogos, mas ainda não possuíam gráficos com boa qualidade.
Evolução dos games
Dentro do museu ainda há uma área específica para os vídeo games, que reúne diversos modelos, entre eles os dois primeiros produzidos no Brasil, em 1977, numa parceria entre Philco e Ford.
Todos os games, assim como os computadores, funcionam em perfeito estado, oportunizando o visitante a fazer uma volta ao tempo.
Modelos como Atari e Nintendo também estão presentes numa evolução que passa pelos Playstation, X-Box até a realidade virtual. “Neste último vídeo game é como se a pessoa estivesse dentro do jogo, com efeitos que simulam a realidade e proporcionam uma experiência diferenciada”, explica Vicente.
Agora, Vicente aguarda o lançamento do Playstation 5 para também incluir na “coleção”.
Paixão pela informática
A ideia de montar um museu surgiu após o empresário perceber que já possuía diversas peças guardadas em casa, numa paixão que crescia com ele desde a infância. “Há 15 anos comecei a guardar quando percebi a dificuldade em achar as peças para consertar os aparelhos”, lembra.
O primeiro empreendimento de Vicente foi de conserto de computadores, seguido de uma escola de informática. “Foram poucas as vezes que peguei um computador e não consegui consertar, pois sempre foi algo que pesquisei muito e gosto”, afirma.
Devido as campanhas de reciclagem, as peças de informática antiga se tornaram cada vez mais obsoletas. Isso fez com que o empresário se preocupasse em guardar o maior número de itens, e em seguida, surgiu a ideia de montar o museu.
Além dos computadores e vídeo games, Vicente também guarda o primeiro aparelho celular, e pretende começar uma galeria dos telefones para mostrar a evolução. “O smartphone já é uma evolução do computador também, pois ele reúne diversas funções”, avalia.
Visitas
O Museu da Informática e do Vídeo Game ficou conhecido nacionalmente após repercussão em rede nacional. “O outro museu com proporções parecidas com esse tem somente na Alemanha”, conta o empresário.
O espaço está disponível para visitação de escolas, universidades, profissionais da área da computação e demais grupos interessados. “Já recebemos muitos alunos de fora, como Brusque, Florianópolis e até mesmo Curitiba, no Paraná. Mas, o maior desejo é que a população do nosso Vale do Rio Tijucas, em especial São João Batista, valorize o museu e venha nos visitar”, diz.
Para ter acesso ao local é preciso fazer agendamento de horário, sendo possível, inclusive, aos fins de semana. A entrada é R$ 10 por pessoa, valor usado na manutenção dos equipamentos.
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