O desejo de ser mãe sempre pulsou forte no coração de Lurdes Hellmann de Abreu, 55 anos. Após se casar com Adenizio José de Abreu, o Deno, o casal planejou cada gestação, e assim foram cinco. A primeira, foi quando Lurdes tinha ainda 17 anos e deu à luz a Alexandre, hoje com 36 anos.
E, com uma diferença média de um a dois anos, nasceram em sequência Maurício, 35, Dirlene, 33, Tiago, 30 e Jaison, 28.
Quando o caçula estava com 11 anos e a mamãe com 37, chegou para a família Abreu mais uma vida, a pequena Daniela. Porém, desta vez, não era Lurdes que gerava em seu ventre a criança. “Eu e meu marido decidimos adotar essa criança que vinha crescendo no ventre da mãe biológica, mas não sabíamos sexo e nem cor. Simplesmente, aceitamos com o coração cheio de amor para dar”, conta.
Dani, como é carinhosamente chamada pela família, nasceu no dia 4 de março de 2002 no hospital no município de Gaspar. No mesmo dia, o casal foi buscar a pequena menina. “Hoje ela está com 18 anos, e faz também 18 anos que nossa vida ficou mais colorida com o lindo sorriso dela de todos os dias”, diz a mãe.
Lurdes destaca que a chegada da nova filha foi muito especial na vida da família. Os irmãos mais velhos receberam a caçula com muito amor e carinho. “Sempre tive o sonho de adotar, e foi, sem dúvidas, uma grande emoção para mim. Não tive medo nenhum, foi a maior alegria”, afirma.
Ela ressalta que o sentimento que tem é de gratidão por ter seus seis filhos. “Comemorar o Dia das Mães ao lado deles é sempre muito bom. É um momento onde vejo o quanto sou sortuda por ter seis joias raras em minha vida”, diz.
Além de mãe, Lurdes também é avó de seis netinhos. Ela explica que ser avó não é muito diferente de ser mãe. “Tenho a mesma disposição e alegria para cuidar dos netos como cuidei dos meus filhos. É muito amor envolvido, e no fim é a maior alegria que eu poderia ter”, afirma.
Gratidão de filha
Daniela conta desde pequena os pais explicavam o que era ser adotada e como foi o processo de adoção dela. Porém, afirma que na maioria das vezes esquece o fato de ser “filha adotiva”. “É tanto amor e carinho que recebo que essa palavra passa despercebida em minha vida”, diz.
Ela acrescenta que, em momento algum, se sente menos filha do que os outros irmãos. “Sempre tive atenção necessária dos meus pais para que isso não acontecesse. Hoje sou uma pessoa muito grata por estar nessa família maravilhosa”.
Para Dani, ser filha da dona Lurdes é muito especial, por ser uma mulher forte, guerreira e linda. “Sem dúvidas, ela é a rainha da minha vida. Muito bom poder chamar uma mulher com tantas qualidades de mãe”, diz.
A filha ressalta que tem admiração pela mãe pelo fato de conseguir resolver os problemas com grande facilidade. “Ou é com uns berros, que toda mãe tem esse poder, ou uma olhada com seus olhos azuis. Mas enfim, ela é um grande espelho. Quero aqui deixar um pouquinho da minha história e desejar um feliz Dia das Mães para todas as mamães, e em especial para a minha Lurdes”, finaliza.