Desde que o Governo do Estado decretou a suspensão das atividades escolares, em 19 de março, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São João Batista também encerrou os atendimentos às crianças e pessoas com deficiência intelectual e múltipla.
Entretanto, para manter o contato e auxiliar as famílias atendidas neste momento de incertezas que o mundo vive, a instituição manteve os atendimentos de forma remota.
A diretora e coordenadora da entidade, Kamily Peixer Gatis explica que os professores, cedidos pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), iniciaram o trabalho no dia 1º de abril. Desde então, organizam atividades e encaminham para as casas dos alunos para que realizem junto das famílias.
Já os atendimentos da equipe multiprofissional: fisioterapia, fonoudiologia, terapia ocupacional, psicologia e serviço social, ficou sendo coordenado pela diretora, com o auxílio da secretaria e administrativo da entidade. “A equipe ficou, desde a suspensão das atividades presenciais, enviando vídeos e orientações para as famílias”, comenta Kamily.
Desde o dia 13 de abril, os profissionais que integram o quadro da Apae retornaram para a instituição e fazem o atendimento presencial com familiares e mantendo os atendimentos com as crianças de forma remota.
A diretora ressalta que a alimentação que estava na entidade foi doada para as famílias, bem como as doações de cestas básicas que chegam na Apae. “Reorganizamos o nosso atendimento para continuar auxiliando essas famílias. A Apae é uma referência de convívio comunitário para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla aqui atendidas. É um local onde se sentem acolhidos, então neste momento que não é possível atender diretamente, precisamos apoiá-los bem como seus familiares”, explica.
Situação financeira
A Apae de São João Batista estava com o Show de Prêmios agendado para ocorrer no dia 16 de maio. Entretanto, com a impossibilidade de realizar eventos, a entidade prorrogou para o segundo semestre, ainda sem data.
Esse evento, segundo Kamily, é que mantém a instituição até fim do ano. Além dele, as demais ações sociais ficaram suspensas.
No momento, a entidade permanece com os recursos recebidos pelo SUS, Fundo Social do Estado e convênios municipais.
A Apae precisou demitir somente um motorista, pois sem a necessidade de utilizar o transporte escolar, a entidade não teve como manter o profissional.
As pessoas que desejam contribuir, seja financeiramente ou com doações de alimentos e materiais de limpeza, podem procurar a instituição, que está aberta de segunda a sexta-feira.