Giliard Lúcio de Souza – 9º ano
Desde a chegada dos imigrantes para iniciarem a Colônia Nova Itália e a fazenda Boa Vista, ainda no século XIX, instalaram-se serrarias movidas a roda d´água para o manejo da madeira utilizada e comercializada pelos colonos.
Há algumas décadas, Manoel trabalhava duro para o sustendo de sua família em Arataca. Como muitas outras pessoas, desenvolveu atividades ligadas à agricultura e a extração da madeira. Trabalhou para a serraria do Sebastião por algum tempo, em Arataca, puxando madeiras para serem falquejadas. Dessa madeira saíam tábuas, barrotes e sarrafos para o comércio.
Manoel também trabalhava em suas terras com o plantio e colheita do fumo. Para tudo isso dar certo, e sua família prosperar, precisaram de muita ajuda para dar conta do trabalho. Com uma família grande, Manoel tinha seus filhos homens lhe ajudando no manejo das madeiras e sua esposa Santina e filhas mulheres na ajuda com as atividades ligadas ao fumo.
Certa vez, Manoel notou que todo aquele trabalho seria facilitado se a família adquirisse um boi, com força suficiente para puxar uma carroça carregada de paus e para tracionar um arado. Comprou o boi “Viçoso”, um animal muito forte e valente.
O boi ficou muito conhecido em Arataca, mas por outro nome, um tanto inusitado. As pessoas apelidaram o boi da família de Manoel de “Tareco”. Um apelido para um boi, que de tão famoso servia como nome para identificação da família do colono. O patriarca, depois seus filhos levaram a diante o apelido do boi, pois a comunidade os passou a conhecer como a família do “Tareco”.
Da bela história do boi “Tareco”, só lamentamos sobre seu fim. Manoel, em um dia como outro, saiu cedo para trabalhar com seu boi, e chegando à localidade de Lajeado, quando sendo carregado com um arrasto de madeira, o boi pisou em lugar falso, e acabou quebrando o pé. Uma triste notícia para a família e comunidade, pois o famoso boi teve que ser sacrificado.