Pablo Luiz Puel (2º ano E.M.)
Durante a colonização italiana, onde hoje é o interior de São João Batista, chegou Boiteux para administrar a Colônia Nova Itália. Ele se encantou com o que viu ao se instalar na região com a família, nomeando sua fazenda e morada como Boa Vista. Após a morte de Boiteux, com o passar dos anos, a Fazenda Boa vista foi crescendo e se tornou uma vila, começando a ter várias coisas como se fosse um município. Boa Vista passou a ser distrito de Tijucas em 1919.
Em Boa Vista existiu a Coletoria do Dodo Tavares, onde todo imposto estadual era recolhido. Tinha a loja de tecido da Dona Benta, a alfaiataria do Dinho Stell, havia padaria e farmácia. Toda comida em Boa Vista era produzida na comunidade: arroz, batata, feijão, milho. Também havia muitas plantações de cana-de-açúcar e mandioca. Existiam engenhos de açúcar e de farinha. O que sobrava da colheita era para o consumo em casa, as pessoas geralmente só compravam na “vendinha” o sal para a alimentação.
Em Boa Vista existia até delegacia, sendo que o delegado, Francisco Bittencourt, também era o dono de uma sapataria. Em Boa Vista existia extração de madeira, mas como no passado não havia meios de transporte para esse tipo de carga, eles botavam no rio e faziam balsas para levar madeira até Tijucas. Amantino Borges comandava as balsas no trajeto.
Boa Vista acabou trocando de nome para Tigipió, distrito que foi grande centro de comércio onde hoje é São João Batista. Depois da vinda da Usati para a região central do hoje município, muitos dos comerciantes de Tigipió foram fechando as portas. Muitas pessoas deixaram o trabalho na roça para serem funcionários da empresa de açúcar, que não existe mais.