Stefania Gandin Marchi
Um costume que vem nos nossos avós, apesar de toda tecnologia que vivemos nos dias atuais, é sintonizar em uma estação de rádio para saber das notícias da nossa região, ouvir melodias que nos agrada, ou simplesmente para ter um certo “barulho” em nossa casa. Tempos atrás movíamos as antenas dos aparelhos para melhor sintonia inclusive; hoje os aparelhos são mais modernos, a qualidade do sinal mudou, porém ainda precisa de certos ajustes e recursos para tudo funcionar corretamente.
Nós somos como aquele rádio, com aquela antena que precisa ser ajustada para melhor sintonizar na estação. Usando a analogia do rádio quando uma música toca lembrando certos momentos, sentimos toda aquela nostalgia, uma certa emoção ou repulsa, quando a música não nos agrada. Quando a notícia que ouvimos nos choca ficamos sem reação, quando ouvimos alguma notícia que nos agrada vibramos de alegria.
Assim também somos com as pessoas. Aquela companhia que nos faz bem, nos sentir leves e contentes. Ou de repente outra que nos deixa cabisbaixo, triste. Da mesma forma quando entramos em certos locais que nos causam “arrepios” ou que nos deixam em paz e tranquilidade.
A “nossa” antena de rádio precisa estar em constante ajuste, constante vigilância. Se buscamos estar em boa sintonia, estaremos atraindo boas companhias, boas vibrações. Isso não significa que não haverá as interferências, assim como nas ondas de rádio. Mas nos cabe buscar a melhoria do sinal, na pratica do bem e da oração.
Essas “interferências de sinal” podem surgir de várias formas, geralmente sutis, que nos tiram a paz e fazem com que nossa sintonia mude, buscando o sinal que melhor se adequa ao nosso estado de espirito. Cito como exemplo quando estamos fazendo nosso almoço, preparando o alimento para nossa família com amor e tranquilidade. Eis que por um lapso quebra-se algo, um copo por exemplo. O que você faz neste momento, a sua reação, pode mudar completamente a boa sintonia do momento.
Ora, se simplesmente ajuntamos os cacos e continuamos com nossa lida, a pequena interferência de nada abalou nossa sintonia. Mas partirmos para o xingamento, nervosismo… já não estamos mais sintonizados no “canal” anterior, da paz e serenidade.
A doutrina Espirita nos diz que somos livres em nossas escolhas, porem escravos das consequências. Que saibamos escolher sempre a melhor sintonia, mesmo nos momentos difíceis, para assim superar as dificuldades com leveza na certeza do amparo divino em todo momento. E lembremos sempre do que Jesus disse: “Orai e Vigiai”. Pela vigilância poderemos sempre manter a melhor sintonia e mesmo nos momentos mais difíceis a oração nos sintoniza com o nosso Pai, que nos ampara em todos os momentos.