Amanda Ághata Costa – Escritora
Eu soube que era amor no dia em que meu coração parecia querer pular fora do meu peito e correr uma maratona até ir de encontro ao peito dele. Não havia sossego nem aquietação, a não ser quando eu estava dentro dos seus braços, sentindo o calor da sua pele.
Perceber que continuar sendo apenas um não parecia mais o bastante, foi o suficiente para eu entender o que era amor de verdade. Como se os dois corações fossem feitos para bater em sincronia, no mesmo compasso, na mesma ligação. Até parecia impossível cogitar uma intensidade tão real, mas nem todas as sensações a lógica é capaz de explicar, assim como nem sempre as palavras parecem ser precisas o bastante para definir.
Eu soube que era amor no instante que o vi parado em minha frente, sorrindo e tremendo de nervosismo, tão ansioso pelo nosso encontro quanto eu mesma estava há horas. Sentir a reciprocidade vibrando entre nós foi como um sinal de que nada além de amor poderia brotar dali. Mesmo que fosse chamado por outro nome, em qualquer idioma, ou até em uma língua de sinais, ninguém poderia dizer o contrário.
Eu soube que era amor quando a própria palavra amor pareceu pequena perto de tudo o que eu sentia por ele. Quando minhas mãos se entrelaçaram entre as suas e eu senti como se um laço de fato estivesse sendo amarrado no nosso entrelaçar de dedos, tudo se clareou e eu entendi. Contra tudo e contra todos, sendo de dia ou de noite, em qualquer estação do ano, não importaria. Era amor e ponto final.