Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria de votos para manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais, a enfermagem catarinense e brasileira respondeu. Na quarta-feira, 21, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de todo o Brasil foram às ruas para defender o Piso Salarial Nacional da categoria.
Em Santa Catarina, os protestos aconteceram em Florianópolis, São Bento do Sul, Criciúma, Mafra, Rio do Sul e em várias outras cidades. Em Florianópolis, na capital, o Coren-SC integrou uma Assembleia Geral Unificada liderada pelos Sindicatos e lideranças da categoria.
Piso Suspenso
Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o placar ficou em 6 a 3 contra a enfermagem, e o piso seguirá suspenso por 60 dias. Agora, o Congresso Nacional e o Poder Executivo precisam encontrar alternativas mais concretas visando o impacto financeiro da medida e as fontes de dinheiro para pagar as despesas do Projeto de Lei
Na última semana, durante o Congresso Brasileiro de Conselhos de Enfermagem, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais publicou uma carta sobre o piso, que cita o seguinte trecho:
Há três décadas
Por mais de trinta anos, a enfermagem brasileira aguarda pelo piso das categorias de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
De acordo com a classe, de todas as profissões ligadas à saúde, a enfermagem é, sem duvidas, a categoria profissional mais presente na assistência a saúde, tanto em ambiente hospitalar, quanto nas Unidades Básicas de Saúde. “Durante todo o enfrentamento da Pandemia, estivemos mais do que presentes. Seguramos a assistência a saúde. Fomos para a linha de frente. Fomos considerados heróis”, destaca o comunicado.
Depois de longa discussão tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado Federal, a regulamentação de um piso nacional foi sancionada pela presidência da República, porém agora se encontra em discussão judicial.