Juliano César
Em sessão extraordinária na Câmara de Vereadores de Canelinha, na terça-feira, 28, por maioria de votos, aprovou-se o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Kits de Higiene Bucal. Ao fim do processo de investigação de 120 dias, a CPI responsabilizou o prefeito Diogo Francisco Alves Maciel (PL), a secretária de Saúde, Vanilda Rebelo, o pregoeiro, o diretor de Compras e presidente do Comissão de Licitação, além do proprietário da empresa que ganhou a licitação e a proprietária da editora dos livros que fazem parte do kit.
Segundo o presidente da CPI, vereador Robinson Carvalho Lima (União), a conclusão é de que houve fralde no processo licitatório, super faturamento dos produtos adquiridos e pagamento antecipado sem a devida entrega do material.
Durante o processo de investigação por parte da CPI foram ouvidas aproximadamente 20 pessoas e, segundo o vereador, contradições se evidenciaram no decorrer dos depoimentos. O prefeito Diogo Maciel foi convidado a depor, mas não compareceu. “Toda a documentação está disponível para a qualquer cidadão ter acesso no site da Câmara. E vamos enviar todo esse farto material ao Ministério Público, onde o Poder Judiciário estará a par de todas as provas aqui evidenciadas, além do Tribunal de Contas do Estado”, destaca Lima.
A CPI foi aprovada por maioria de votos – cinco a dois – com uma abstenção, no caso o presidente da Câmara, Eloir João Reis, o Lico (PSD). Foram favoráveis: Robinson Carvalho Lima (União) e os emedebistas, Francisco Honorato Cardoso Filho, o Chico; Thiago Vinícius Leal, Deivid Leal e Neli Ferreira. Já Vagner Simas (PSD) e José Tarquino Melo Neto (PL), foram contrários.
Procurado, o prefeito Diogo Maciel confirmou que foi convidado a depor na CPI. Então teria pedido as perguntas para responder, o que não foi aceito pela comissão. Sobre o resultado, Maciel disse que ainda não foi oficiado sobre a conclusão.