Por Maria Beatriz Dalsasso Côrte
Não basta o curto tempo de vida que nós, espécie humana, possuímos. Mesmo assim descuidamos da sábia paciência que a vida nos pede. Quanta ingenuidade nas tentações momentâneas e impetuosas, onde os ventos da velocidade, no desejo de chegar primeiro, medindo forças com os companheiros que encontramos nas rodovias de nosso Vale vem nos aterrorizar, por tantas mortes.
Nossas estradas, denominadas de infraestruturas que transita a vida, nossas rendas, nossos projetos, nossa gente, em qualquer idade, chora o sangue derramado de vidas que, precocemente, não chegaram a produzir seus frutos e suas histórias nas melhores fases da vida.
Todas as comunidades, todo o nosso Vale perde quando vidas humanas ficam no meio do caminho. Marcas que o tempo não apaga. De mãos atadas, o que fazer quando tudo vira nada.
Por que não cuidarmos, nos preocuparmos, com uma intensa educação de trânsito, onde outdoors deveriam estar mais presentes em cada pista que percorrem nossas rotinas, em sentido de prevenção, conscientização, reprogramando os hábitos de atenção constante com nossas vidas?
Slogans que nos remetessem a figura de filhos, pais, amigos, crianças, lembrando a nós mesmos quantas pessoas nos amam e nos querem vivas?
Falamos que as propagandas são a alma dos negócios. Por que não fazer delas a divina chama de nossas vidas?
E quando estamos dentro de uma máquina automotiva que nos provoca esta febre mortal de correr, deveríamos nos deliciar na sabedoria que pede calma, com mais garantia de continuar vivendo nos passeios desta vida.