A Lei 6.209 de 1983 representou um marco na história das mulheres catarinenses. Aprovada pela Assembleia Legislativa, a norma criou o Pelotão de Polícia Militar Feminina do Estado de Santa Catarina. Foi a primeira vez, após mais de 140 anos de história da PM catarinense, que as mulheres puderam ingressar na carreira da Polícia Militar. A conquista histórica foi celebrada pela Assembleia Legislativa em ato parlamentar solene, na noite de quarta-feira, 8.
“A homenagem aos 40 anos da Polícia Militar Feminina em Santa Catarina é uma celebração de conquistas, uma afirmação da importância da diversidade e uma inspiração para o futuro”, salientou o proponente da homenagem, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB).
Falando em nome dos homenageados, a comandante do 12º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM), coronel Arlene Sousa da Silva Villela, agradeceu o reconhecimento do Parlamento catarinense.
História
Em 1983, a Polícia Militar de Santa Catarina recebeu as primeiras integrantes do quadro de policiais femininas no Estado. As inscrições ofereceram vagas para sargentos e para oficiais, atraindo candidatas de várias cidades. As 27 selecionadas iniciaram suas aulas em junho na Academia de Polícia Militar em Florianópolis e se formaram como sargentos em dezembro do mesmo ano atuando inicialmente apenas na capital, especialmente em áreas de atendimento a populações vulneráveis.
Em 1985, três das cinco candidatas aprovadas para o curso de Oficiais completaram a formação. Apenas em 1993 as mulheres começaram a integrar o efetivo fora da Capital, começando por Blumenau. Em 2000, elas passaram a ter a possibilidade de servir em qualquer batalhão do estado. Atualmente, a PMSC conta com quase mil policiais femininas, representando 10% do efetivo total, atuando em todos os níveis da corporação.
Livro
Dentro da solenidade de homenagem à PM Feminina, foi lançado o livro “Polícia Militar Feminina em Santa Catarina: 40 anos de História”, escrito pela coronel Arlene Sousa da Silva Villela.