Entrou em vigor, nesta segunda-feira, 3, a primeira fase da regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que estabelece um novo padrão de gasolina e garante maior eficiência e desempenho.
A gasolina com octanagem RON 93, que será obrigatória no Brasil apenas em 2022, já está sendo produzida pela Petrobras nas refinarias e comercializada aos distribuidores.
O novo padrão de gasolina também tem maior massa específica (densidade), o que significa mais eficiência, com possibilidade de redução no consumo de gasolina por quilômetro rodado de 5%, em média, dependendo das características de cada motor.
Além disso, proporciona melhora no desempenho do motor, melhor dirigibilidade, menor tempo de resposta na partida a frio e aquecimento adequado do motor.
“Ajustamos nossos processos de refino e estamos prontos para antecipar o padrão de qualidade previsto para 2022. Desta forma, garantimos a qualidade superior da gasolina produzida nas refinarias da Petrobras”, afirma Anelise Lara, diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras.
Nesta primeira fase de implantação, a regulamentação da ANP estabelece uma massa específica (densidade) mínima de 715 kg/m³, novo requisito no Brasil para a gasolina comercializada nos postos.
Outra importante mudança é a necessidade de octanagem mínima de 92 pela metodologia de RON (Research Octane Number), já adotada na Europa e mais adequada às novas tecnologias de motores que estão sendo introduzidas no Brasil.
Essa metodologia será utilizada em conjunto com o MON (Motor Octane Number), que já é um parâmetro atualmente.
A segunda fase, prevista na Resolução ANP 807/20 para janeiro de 2022, estabelece que a octanagem mínima pela metodologia RON passará de 92 para 93.
A Petrobras se antecipou e toda a gasolina comum produzida em suas refinarias já tem octanagem RON 93.
A nova especificação também dificulta fraudes na gasolina, combatendo o uso de solventes e naftas de baixa qualidade como forma de adulteração do produto comercializado ao consumidor.
Preço
O ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro.
O preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis como valor do barril do petróleo, frete e câmbio.
Portanto, esses fatores podem variar para cima ou para baixo e são mais influentes no preço do que o custo adicional de especificação.
Além disso, a Petrobras é responsável por apenas 30% do preço final da gasolina nos postos de serviço. As demais parcelas são compostas por tributos, preço do etanol adicionado e margens das distribuidoras e revendedores.