Cleomar Raach – Diacono IECLB
Texto para reflexão: Tiago 3.6-10
Em ano eleitoral temos a violência da língua. Um casal foi a um comício. Eles queriam se inteirar dos projetos políticos dos candidatos. A conduta de alguns dos candidatos no comício deixou-os decepcionados, pois não fizeram outra coisa do que rebaixar os adversários políticos com palavras ofensivas.
Assim como se machuca com as mãos, também se agride com a língua. A língua pode destruir tanto ou até mais do que a mão humana. A mão tem um alcance curto. A língua por sua vez, é como um míssil envenenado e poderoso – destrói à distância.
Um provérbio diz: “Cuidado com a tua língua! ” Em Tiago 3.6-10 está escrito: “A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa lugar nos nossos corpos e espalha o mal em todo o nosso ser… O ser humano e capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai, como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimentos como de maldição”.
É necessária, pois, uma aprendizagem constante no que se refere ao uso de nossa língua. Com a língua expressamos nossa esperança por uma organização social mais justa e fraterna. Palavras colocadas a serviço de Deus são instrumentos de paz num mundo marcado pela violência.
Nossa língua, como outro órgão do corpo humano, não é boa e nem é má. Ela simplesmente está aí. Tudo depende do uso que dela fazemos. Em ano de eleição não desfaçamos a imagem de candidatos adversários através de palavras. Falemos de projetos políticos que buscam uma organização melhor da sociedade. Usemos palavras que buscam um gerenciamento mais harmônico do bem público e promovem a paz.