Stefania Gandin Santos Marchi –
Grupo Espirita Allan Kardec – Nova Trento
Chegando o mês de maio e com ele um dia marcante para todos nós: o dia das mães. Independente onde se encontre nossa mãe, neste ou em outro plano; independente se existe um convívio ou não com ela, sempre vamos lembrar de nossas mães neste dia. Lembremos também que não existe família perfeita e sim a nossa família, que não deixa de ser perfeita da forma que ela é.
A doutrina espírita nos diz que nossa família é um grande laboratório de resgates. É no seio familiar que nos encontramos com os afetos e desafetos do passado. É a grandiosa oportunidade que Deus nos dá de estreitarmos laços com desafetos do passado, praticando o perdão. Assim como uma forma sublime de estarmos próximos daqueles que tanto amamos.
Ricardo di Bernardi, em seu livro “Gestação Sublime Intercâmbio” nos diz que “A Paternidade e a Maternidade são sempre decorrentes de vínculos pretéritos. O triângulo constituído por pai, mãe e filho sempre resulta de uma continuidade necessária para todos os envolvidos na nova constelação familiar, em que, também irmãos e parentes próximos são normalmente ligações de encarnações anteriores. ” Essas ligações não são necessariamente ligações de amor e sim ligações de resgates e dividas do nosso passado.
Observando por este ponto de vista, podemos entender o motivo que muitas vezes não conseguimos nos entender com determinado parente, pai ou mãe…
A doutrina espírita nos esclarece que somos espíritos imortais vivendo inúmeras experiências na carne, buscando o aprendizado, a evolução. Quando observamos um bebê recém nascido, com todo aquele ar inocente e desprotegido, nos esquecemos que na verdade vemos também um espirito, que vem com toda bagagem de conhecimento, sentimentos e tendências de muitas outras vidas. Toda essa “bagagem” vai se revelando com o passar do tempo.
Neste ponto, entra o forte compromisso da maternidade e paternidade. Educar aquele ser, corrigindo as más tendências, instruindo-o ao caminho do bem e do amor. Ninguém entra em nossas vidas por acaso, muito menos um filho.
O compromisso de uma mãe e um pai se inicia muito antes da concepção, os vínculos com o espirito que irá reencarnar são firmados, muitas vezes, antes mesmo do casal se conhecer. Lamentavelmente esse compromisso é por muitas vezes deixado de lado.
Sobre isso é sempre importante lembrar da Lei de Causa e Efeito, um dos princípios básicos da doutrina espírita que nos diz, basicamente, que colhemos o que plantamos.
Lembremos sempre que podemos fazer, de nossa presente encarnação, uma coleção de momentos de aprendizado. Caindo, levantando, errando e aprendendo. Um passo de cada vez.
Lembremos sempre da célebre frase de Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Sempre é tempo de fazer algo de forma diferente, sempre é tempo de se reconciliar com o passado, com alguma pessoa. Sempre é tempo de pedir perdão e perdoar.