Cleomar Raach (IECLB)*
Texto para reflexão: Gênesis 25.19-34
“…Isaque tinha sessenta anos quando Rebeca teve os gêmeos”. (v.4)
Persistir infelizmente não parece ser uma marca de nosso tempo. Aprendemos que, se algo não acontecer o mais rápido possível e da maneira mais fácil, o caminho é desistir e procurar alternativas o mais breve que for. Esse jeito de viver envolve o nosso trabalho e atinge os demais âmbitos de nossa existência, incluindo também a igreja. Como cristãos, nós também somos tomados e conduzidos pelo slogan: “O mais rápido, o mais fácil e o mais vantajoso”.
Esse modo “líquido” de viver quer nos proporcionar uma caminhada de vida que seja mais leve, com menos teor de culpa e com menos compromissos, em especial, aqueles que podem ter longa duração. Dentro desse contexto, importa o que traz satisfação para o momento. Tanto o que passou como o que pode vir pouco contam. Logo, viver persistindo em algo causa estranheza.
A história do texto para reflexão nos mostra, contudo, que existe vida realizada, mesmo quando os desejos não se concretizam de maneira imediata, e que é importante persistir, quando há mandamento e promessa de Deus. Rebeca e Isaque estiveram casados por vinte anos, sem ter filhos. Isso, segundo os costumes e crenças da época, já era motivo para constatar que o casal era uma dupla de infelizes, de não abençoados. Mas, durante esses vinte anos, Isaque persistiu na oração, baseado na promessa de Deus de uma descendência (Gênesis 24.60), e não numa teimosia pessoal. Ao longo desse tempo, Deus, em sua livre graça, preparou o coração e a consciência do casal para receberem os gêmeos Esaú e Jacó.
Oração: Bondoso Deus nosso Pai, tu sabes que persistir nem sempre é o nosso forte. Por isso nós te pedimos: ajuda-nos a perseverar no caminho no qual nos agraciaste. Por Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador nós te pedimos e agradecemos. Amém.
- Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil