Pode a árvore oferecer à vida frutos doces e saborosos, quando ainda dormita obscura no invólucro da semente?
Pode o regato ofertar ondas suntuosas sem ainda ter chegado às correntes do mar?
Pode o lavrador ofertar sua colheita sem dantes ter lavrado e semeado o solo?
Pode o ourives ofertar o metal único e inconfundível do ouro, sem antes minerá-lo e lapidá-lo para conseguir obter a gema clarificada?
Pode o alfaiate oferecer vestimenta adequada e trabalhada quando ainda não dispõe do tecido?
Desta feita, importante fazermos a reflexão que nos inquiri no fundo da alma.
Por que exigimos tanto de outrem o que este ainda não pode nos oferecer?
E ajuntando ao questionamento.
Por que exigimos de nós próprios e da existência, condições das quais ainda não somos merecedores, simplesmente por não termos ainda tal qual os exemplos acima, germinado, lavrado, semeado, defendido, percorrido, minerado, lapidado e conquistado os valores necessários aos objetivos que anelamos, ou que reclamamos não estarem à nossa disposição.
Outrossim fundamental nos é, que saibamos que todos os tesouros que queremos angariar em nosso mundo íntimo ou exterior, requerem, intenção, ação, continuação e tempo adequado para serem conquistados.
Observando que nada no Universo do Supremo Criador se fez a toque de caixa.
Com os mais sinceros votos de paz!