Diácono Cleomar Raach (Ministro da IECLB)
(Texto para reflexão: Jó 1.13-22)
Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O Senhor deu, o Senhor tirou; louvado seja o Seu nome. (Jó 1.21)
Nós lidamos com coisas, e também pessoas, numa relação de propriedade: minha casa, meu carro, meu “isso”, meu “aquilo”, minha esposa, meu marido, meus filhos e assim por diante. É verdade que, legalmente, nosso nome consta em documentos e certidões. Mas a pergunta é: o que temos é mesmo propriedade nossa? Não, não é.
Tudo aquilo que nós chamamos de “nosso” pertence a Deus. Todas as coisas, todos os seres e pessoas pertencem ao Senhor. Tudo é propriedade Dele. Todos os seus bens Ele os confia a nós para que sejam administrados e cuidados.
No texto da Parábola dos talentos, Jesus diz que nós somos depositários dos bens de Deus. Não somos donos e, sim, servos. Jesus Cristo mostrou uma nova maneira de agir, onde reina o amor e a misericórdia. Por isso, a nossa tarefa é cuidar de tudo com amor e dedicação, para o bem de toda a sua criação.
Isso tem um significado profundo para nossa vida. Não podemos dispor dos bens materiais, dos recursos naturais e das pessoas com quem lidamos como se fossem propriedades nossas.
Não podemos fazer com elas o que bem entendemos, de maneira egoísta e gananciosa. Pessoas de nosso relacionamento, pais, filhos, cônjuge, funcionários, amigos não nos pertencem, mas são parceiros de caminhada.
Como entramos no mundo, assim sairemos: sem nenhuma propriedade. Somente uma coisa levaremos para o juízo e a eternidade: os frutos que produzimos com a nossa administração das coisas de Deus. E que o Trino Deus nos ajude para que sejam bons frutos.
Oração: Senhor Deus, não somos dignos da tua confiança, pois nosso coração é egoísta e, por vezes, mau. No entanto, Tu nos colocas neste mundo como administradores dos Teus bens. Ajuda-nos, ó Deus, a realizar a tarefa que Tu nos confias. Que nossa vida produza frutos dignos de Ti. Amém.