Diácono Cleomar Raach

Igreja Luterana 

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. (v.19)

A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) traz como tema: “Viver o Batismo: Dons a serviço”. Neste mês de janeiro de forma especial lembramos o Batismo de Jesus por João Batista.

Queridos leitores, estamos no tempo da Epifania (tempo de revelação). Quando Jesus Cristo ordena que seus apóstolos proclamem e difundam suas palavras e obras, ouvimos e vemos a ele mesmo e, portanto, também a Deus Pai, pois Eles tão só proclamam e difundem a Palavra e apontam exclusivamente para Ele.

Dessa maneira, todos os sermões proferidos na cristandade devem remontar a este único Cristo, e o Clero deve mostrar que as palavras e as obras de seu ministério no cristianismo (independentemente se sua pessoa é boa ou má) são as obras e as palavras de Cristo.

E todos ensinam desta maneira: “Não deves olhar para mim ou seguir a mim, mas deves atentar unicamente para aquilo que ele diz ou mostra através de mim, pois esta não é minha palavra, mas a Palavra de Cristo. O batismo e o sacramento que administro não são meus, mas o Batismo e o sacramento dele. O ofício que desempenho não é meu, mas o ofício do Senhor. Porém como são a Palavra e o Batismo do Pai, pois ele diz: ‘Aquilo que digo e faço não o faço por mim mesmo, mas na autoridade do Pai, que habita em mim”.

Portanto, onde ouves o Evangelho sendo ensinado corretamente ou vês uma pessoa sendo batizada, onde vês alguém administrar ou receber o sacramento, ou vês alguém absolvendo outra pessoa, ali podes dizer sem receio: “Hoje vi a Palavra e a obra de Deus, sim, escutei e vi Deus mesmo pregar e batizar”.

É verdade que a língua, a voz e as mãos são humanas, mas a Palavra e o ministério são realmente da própria majestade divina.

Por isso, deve-se considerá-lo e crê-lo como se a voz de Deus mesmo estivesse ressoando do céu ou como se o víssemos administrando o Batismo ou o sacramento com suas próprias mãos.
Que o ano de 2021 traga boas revelações e esperança em meio aos nossos medos e desafios.