Na quinta-feira, 19, a canonização de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus completou 20 anos. Para o Santuário Santa Paulina, este é um ano jubilar, pois comemora-se também os 80 anos de sua morte.
O Ano Jubilar teve início no dia 19 de março, festa de São José, por quem a Santa era devota. O encerramento será em 16 de dezembro, data do nascimento de Santa Paulina.
As celebrações realizadas pelo Santuário tem como base o tema “Santa Paulina: sensibilidade para perceber e disponibilidade para servir”, e o lema: “Dou-vos de todo o coração a minha bênção”, frase retirada do testamento de Santa Paulina.
Vígolo Vattaro
A Irmã Rosane Lundin, coordenadora geral da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, entre os dias 7 e 14 de maio, fez uma visita especial à comunidade Madre Paulina, em Vígolo Vattaro, na Itália, onde nasceu Santa Paulina.
De acordo com a Irmãzinha, foram dias de profundo conhecimento, partilha de vida, estudo, convivência, celebração da eucaristia e oração.
“Foi muito significativo. Ainda mais em um tempo forte do Jubileu dos 20 anos de Canonização e 80 anos de sua morte. Foi um momento de muita vibração e alegria de muitas histórias da família de Santa Paulina e da Congregação”, comentou.
Além de receber visitas das autoridades e párocos da região, Irmã Rosane também visitou o povoado italiano.
Selo comemorativo
Para marcar o momento comemorativo, a equipe do Santuário criou um selo comemorativo, que apresenta elementos que perpassam a vida de Santa Paulina.
A arte é composta por flores, com as quais Santa Paulina tinha um vínculo forte. Durante sua adolescência e juventude, a fundadora da Congregação cuidava da igreja Nossa Senhora de Lourdes, no bairro Vígolo, em Nova Trento.
Na época, ela procurava flores para enfeitar a capela, demonstrando seu amor a Deus e às pessoas que frequentavam a igreja.
Em São Paulo, já quase no final de sua vida, Santa Paulina ficou totalmente cega e teve o braço direito amputado. Mesmo assim, confeccionava flores para a capela da Casa Geral. Segundo a história, “mesmo sem o braço direito, usava os lábios e os dentes para segurar o arame de fazer correntinhas para os terços e as flores.”
Além das flores, o selo comemorativo traz no centro um grafismo alusivo aos 20 anos de canonização e 80 anos do falecimento de Santa Paulina. A Congregação, obra iniciada por Santa Paulina, também está presente na arte com o ícone que se encontra na parte inferior, entre as flores.
Biografia
Santa Paulina nasceu em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, na região norte da Itália, no dia 16 de dezembro de 1865 e recebeu dos pais Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Era a segunda filha do casal.
Com os pais, irmãos e outras famílias da região, emigrou para o Brasil em 1875 e, antes de completar dez anos, passou a morar na localidade de Vígolo, na cidade de Nova Trento, em Santa Catarina, na região sul do Brasil.
Dois anos após a chegada da família ao Brasil, a mãe de Amábile faleceU. Ela cuida da família até o pai casar-se novamente e também ajuda na Paróquia de Nova Trento, na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.
Em julho de 1890, Amábile e sua amiga Virginia Rosa Nicolodi acolhem Angela Viviani, em fase terminal de câncer, em um casebre doado por Beniamino Gallotti, gesto que marca a fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a elas Teresa Anna Maule, mais uma entusiasta dos ideais cristãos.
O trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para o centro da cidade de Nova Trento em 1894, após receber em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores João Valle e Francisco Sgrott, no local onde atualmente está instalado o Centro de Espiritualidade Imaculada Conceição (Ceic).
Santa Paulina morreu aos 76 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade, pois viveu em grau heróico as virtudes de fé, esperança e caridade e demais virtudes.