Cristiéle Borgonovo
Ela é daquelas mulheres que coloca a mão na massa e não espera por ninguém. Ativa, e dedicada, é um verdadeiro sinônimo de trabalho. Cileda Regina Zunino Silveira, 52 anos, é sócia-proprietária do Mercado Silveira, no distrito de Tigipió, ou melhor, o Mercado da Cileda, como todos da região chamam.
Mesmo menina, Cileda que é natural de São João Batista sempre foi uma comerciante das boas. A filha da Dalva Tavares Zunino e Mauro Ezequeil Zunino era uma criança quando trabalhava na lavoura com o pai. Com o mesmo, no Centro da cidade, vendia melancias, leite, repolhos, entre outros produtos que colhiam.
Aos 15 anos conheceu o marido Márcio Heitor Silveira, onde namoraram por seis e casaram-se. “Eu tinha o sonho de estudar em Florianópolis, mas como tinha que trabalhar com meu pai, tive que dar prioridade no sustento da nossa família”, recorda.
Ao casar-se, Cileda foi trabalhar com os sogros, Heitor João Silveira e Nevinha Maria Dadam Silveira, ambos já falecidos. “Com meus pais aprendi a ser honesta e a trabalhar para conquistar meus objetivos, mas, com os meus sogros aprendi a faculdade dos negócios, de como trabalhar no comércio, isso sem precisar sentar num banco de universidade, foi com a vida e ensinamento de ambos”, recorda emocionada.
Por 12 anos o negócio era totalmente familiar, porém, com o passar dos anos, as divisões foram acontecendo e Cileda e o marido ficaram com o mercado.
Ampliações dos negócios
Com trabalho e dedicação, o espaço do mercado ficou pequeno. Compraram um terreno na frente do comércio, construíram uma loja dedicada somente aos móveis, decoração e utensílios para casa. Do lado do mercado ampliaram e inauguraram uma loja de roupas, mantas e peças de vestuário. Na parte de trás fizeram um espaço focado somente em materiais de construção.
‘No Mercado da Cileda tem um pouco de tudo’
Quando as vendas iniciaram, o comércio era de secos e molhados, como era conhecido na época. Mas quando alguém precisava de algo que não tinha, Cileda logo respondia: não tem, mas passa aqui semana que vem que eu vou conseguir.
E de comida, produtos de higiene, limpeza, eletrodomésticos, eletrônicos, hoje a Cileda vende móveis, materiais de construção, itens de vestuário entre outros. “Era uma época difícil das pessoas saírem daqui do interior para ir ao Centro comprar as coisas, então o que pediam eu ia colocando”, diz.
Das madrugadas fazendo bolos, pães e roscas para colocar na padaria assim que o mercado abrisse, até o fechamento quando o último cliente havia feito as compras, ela está sempre presente. “Eu gosto de trabalhar, de atender as pessoas, isso me dá energia”, conclui.
Olho: “Com meus pais aprendi a ser honesta e a trabalhar para conquistar meus objetivos, mas, com os meus sogros aprendi a faculdade dos negócios, de como trabalhar no comércio, isso sem precisar sentar num banco de universidade, foi com a vida e ensinamento de ambos”,