Mais de 120 mães foram ajudadas pelo grupo Guarda Anjo, em 2020. Formado por voluntárias de São João Batista, Canelinha, Nova Trento, Brusque, Blumenau, entre outras cidades da região, o grupo tem por objetivo ajudar as mães que não têm condições de comprar enxovais para os filhos recém-nascidos.
Criado em 2018 por Vanilda Vitorino, 53 anos, de São João Batista, e as amigas Adriana Borges e Rosângela Mazera, o grupo conta hoje com mais de 40 voluntárias.
“Ele nasceu de um desejo pessoal meu em fazer caridade. Então eu via que tinham muitas mães sem condições de comprar os itens básicos para o bebê, então comecei a reunir minhas amigas e pedir ajuda para montar kits”, conta Vanilda.
Os kits que as mães levam já para a maternidade, contam com fraldas tamanho RN e P, sabonete e xampu infantil, cotonete, talco, lenço umedecido, pomada, mamadeira, chupeta, meias, fralda de boca, toalha de banho, sapatinhos, cueiro e roupinhas.
O objetivo do grupo é dar assistência às mães e bebês até os três meses. “Mas, se a gente vê que a família realmente não tem condições, a gente continua dando um suporte até um ano. Então a mãe devolve a roupa que deixa de servir e pega um novo kit”, explica.
Atualmente, o grupo não possui uma sede única, sendo que as arrecadações são guardadas em um espaço reservado na casa de Vanilda e outras voluntárias.
Segundo Vanilda, as voluntárias têm papel fundamental no grupo, pois elas ajudam com reparos nas roupas doadas, compra dos itens, confecção de mantas e roupinhas e também na lavação dos itens que chegam.
“A gente costuma nos reunir nos sábados para fazer esse trabalho. Separamos os produtos, montamos os kits. A gente ganha caixas da Natura e uma voluntária forra elas, tornando-as em um bauzinho, onde são colocados os itens”, detalha.
Ajudar sem julgar
As mães que precisam da ajuda do Guarda Anjo precisam entrar em contato com as voluntárias e fazer um cadastro. As informações sobre as condições da mãe são verificadas e fiscalizadas para ter certeza de que é um caso a ser realmente ajudado.
“A gente vai começar a rever também algumas situações, pois já tivemos muito cadastro de mães que não precisam de fato dos kits e acabam tirando a oportunidade de uma mãe que realmente precisa”, comenta.
Em alguns casos, as voluntárias vão até as casas para confirmarem as condições. “Tem situações em que a mãe já tem alguns filhos pequenos e está grávida novamente. Algumas pessoas julgam a situação, mas nossa missão é ajudar e não julgar. Se veio, é porque tem algum propósito a se cumprir”, diz Vanilda.
Alimentos às mamães
Além da ajuda que recebem com doações, alguns itens precisam ser comprados com dinheiro das próprias voluntárias. “Alguns produtos que são mais caros e que a gente não ganha, então a gente compra para completar o kit”, conta.
Todo ano o grupo faz também uma rifa para angariar fundos. “Ano passado deixamos mais para o fim do ano, devido à pandemia e por ter bastante rifas para ajudar a Laurinha também. Não conseguimos o que almejávamos, mas já é uma ajuda muito boa para a gente”, diz.
Para algumas mães, quando as voluntárias percebem que as condições financeiras são bastante complicadas, ajudam também com alimentos, por meio de cestas básicas. “O foco é ajudar a mãe e o bebê, mas se vimos que ela precisa dessa ajuda extra, também fizemos”.
Com a pandemia e as dificuldades geradas por ela, muitas famílias que pagam o aluguel também enfrentaram problemas ainda maiores. “Então conseguimos algumas voluntárias para fazer pão. Todo sábado a gente faz a entrega de pão e leite, porque temos a campanha do leite também, para famílias que tem mais filhos”, explica Vanilda.
Hoje, além da doação de itens para os recém-nascidos, o grupo também solicita doações de trigo e fermento para fabricação dos pães.
Como contribuir
O grupo Guarda Anjos realiza os trabalhos de forma mais intimista, sem expor as mães ajudadas. “Nosso trabalho é de caridade, e caridade não é algo que se expõe. Fazemos de coração, porque amamos e queremos ajudar de verdade”, afirma Vanilda.
As pessoas que desejam contribuir com doações ao grupo podem procurar uma das voluntárias ou entrar em contato com Vanilda pelo (48) 999-362-612 ou com Rosângela pelo (47) 999-220-667, em Brusque.
Nas redes sociais o grupo está presente no Instagram pelo @guardaanjosc.