Clara Cristina Garcia – 9º ano
Desde os tempos de Adão e Eva, que frutas causam problemas para as pessoas. Foi o que aconteceu, quando galhos de uma árvore de anona, resolveram se oferecer as crianças da nossa Escola. A situação passou a acontecer em 1984, quando as crianças, da época da Diretora Marilene, misteriosamente, passaram a ser atraídos pelas frutas, também chamadas de pinha ou fruta do conde.
O único obstáculo entre os estudantes e o “Pé de anona da Dona Venília”, era o muro que separava o educandário da casa vizinha, propriedade de Venília Leal Gomes, filha de Lídia Leal Gomes. As frutas, pareciam se apoiarem no muro entre os dois terrenos, o que significava alegria para os alunos e alunas. Contam ex-estudantes, que a árvore só frutificava do lado da Escola, e mesmo quando o fazia do lado da Dona Venília, as frutas eram verdes e ruins. O certo é que a natureza faz o que quer, e as pessoas reagem de acordo com seus pontos de vistas. A proprietária da árvore fingia não ver, mas a Diretora não ficava muito contente com aquilo.
Geralmente as discórdias envolvendo o “Pé de anona da Dona Venília”, aconteciam durante o “horário de recreio”. Os que subiam na árvore sabiam do que poderia vir a ocorrer, pois como em toda escola e época, os “dedos duros” existiam, e corriam ao gabinete da Dona Marilene, para entregar os comedores de anona. Apesar dos castigos da época, nem o temido “Gabinete” parava os arteiros da Escola.
Era delicioso, era divertido, uma aventura e bagunça que só acabou quando Dona Venília veio a falecer, assim venderam a casa para dona Mita e seu Osmar, que cortaram a árvore e construíram um grande muro. Esse foi o fim do tão querido “Pé de nona da dona Venília”. Felizes foram àqueles audaciosos, que puderam provar do fruto proibido, pois testaram, desde jovens, seus limites e suas capacidades para lidar com o mundo.