Sara Cristina Petry, 3ª Série E.M.
Aos fundos da antiga fazenda Boa Vista, sede da administração da Colônia Nova Itália, viveram indígenas, posseiros luso-brasileiros e até tropeiros vindos da serra catarinense ao longo do século XIX. Após a integração das terras ao município de Tijucas, lá pelos anos 1880, chegava à família de Antônio José Melo, luso-brasileiro da região de Picadas, em São José da Terra Firme.
Antônio e sua esposa Luiza, como outros migrantes que ocuparam o Vale do Rio Tijucas nessa época, tomavam posse de terras a partir de autorizações expedidas pelo governo da capital, com o objetivo de torná-las produtivas, gerando riqueza e trazendo o progresso para um interior até então pouco desbravado. Essas terras, consideradas devolutas pelo governo, eram leiloadas a quem se interessasse desde 1850.
A família que deu origem ao que conhecemos como o bairro Arataca, veio de mudança com mulas, por atalhos e picadas, margeando o Rio Tijucas desde Morretes. Ao chegar conheceram um lindo lugar coberto de vegetação nativa e pouco explorado. Antônio e sua esposa atravessaram uma cachoeira e estabeleceram seu acampamento, no início de pau a pique. Após alguns dias já instalados demarcaram sua posse a partir da ponte onde hoje temos a igreja Assembleia de Deus, abrindo espaço até onde fica a Igreja Católica do Sagrado Coração de Jesus. E todos que chegaram depois, respeitaram esse espaço.
Foi Antônio José Melo que nomeou o bairro, devido ao nome de uma armadilha indígena para caça, muito encontrada por ali, chamada Arataca. Daquela terra, tudo se tirava, na lavoura, na mata, na caça e na pesca. Pouco se comprava fora, a exemplo, do sal e do querosene. Antônio e Luiza deixaram quatro filhos: Antônio Melo, Cândida Melo, Manoel Melo e José Melo.