Cristiéle Borgonovo
Ao folhear as páginas do jornal Correio Catarinense dessa sexta-feira, 13, uma data sugestiva e cheia de superstições, há quem nem imagine quantas histórias, informações e entretenimento já circularam ao longo de exatas 900 edições.
São milhares de páginas, que iniciaram mescladas entre o preto e branco e o colorido, e quantas notícias já foram levadas ao logo dessa trajetória por todo o Vale do Rio Tijucas? São milhares! E o jornal segue nessa missão de levar informação de qualidade, com conteúdo relevante e o primordial da essência jornalística: credibilidade e responsabilidade com o leitor. Afinal, chegar na edição 900, rumo a edição mil é reflexo da confiança dos leitores, anunciantes e equipe que passaram e fazem parte do jornal.
A evolução chegou. Cidade, que poderia muito bem ser sinônimo de movimento, transformação, teve parte da sua história contata por meio das páginas do jornal. Obras, gestores, empreendimentos, legisladores, cobranças, causos, percalços e até mesmo fatos e atos que, se não tivessem sido contados nas páginas do jornal, ninguém teria acreditado.
Nem tudo são flores. No meio jornalístico, há momentos de tristeza profunda em noticiar barbáries e atos humanos e naturais. Talvez você leitor possa não saber, mas por trás de toda imparcialidade, há momentos que lágrimas caíram enquanto jornalistas escreviam e contavam histórias de emoção, superação e tragédia.
Para planejar o futuro, onde seguimos no compromisso de celebrar a chegada dos 20 anos de Correio Catarinense aliado a edição mil, é preciso recordar do início, as transformações e percalços enfrentados, afinal, entre as missões do Correio está, justamente, eternizar por meio de palavras e fotos, as memórias da comunidade e, com certeza, o periódico contribuiu para isso.
Séries, editorias e edições especiais
Datas marcantes e séries especiais também fazem parte da história do jornal Correio Catarinense. E sabe o que o diferencia? Foi poder contar histórias de pessoas reais, de quem faz a engrenagem do mundo rodar. Nas séries já publicadas, o jornal trouxe a histórias dos músicos, dos comerciantes, empreendedores, de quem exerceu profissões que hoje estão extintas, representantes dos bairros, professores, pessoas comuns, que por não serem políticos, religiosos ou ocuparem um cargo público, talvez nunca teriam a sua incrível trajetória de vida contada nas páginas de um jornal. E quantas e quantas vezes já se ouviu após uma entrevista, o agradecimento pela história divulgada.
O jornal também é marcado por edições especiais, como na Semana do Município, do Dia do Sapateiro, Caderno de Natal, Dia das Mães, Pais, Crianças, Caderno de Páscoa, Caderno das Noivas e tantos outros. Contar histórias é o que move o Correio.
Trajetória
A primeira edição ganhou as ruas do Vale do Rio Tijucas em 26 de fevereiro de 2005 com o nome de Correio do Vale. Um jornal impresso que veio para transformar o jeito de informar na região, sendo o primeiro de São João Batista com uma linguagem jornalística direta. As primeiras edições circularam de forma quinzenal, onde o periódico reunia as principais notícias para passar aos leitores.
Após alguns meses, os diretores sentiram a necessidade de estar mais presente no cotidiano da população, e o jornal se tornou semanal. Em um ano e sete meses, mais uma mudança importante, em 14 de outubro de 2006, mudou o nome para Correio Catarinense.
Fundado por Sílvio Eccel, o Silvinho da Rádio Clube, e Helder Mondardo, o impresso teve como missão de levar a informação correta e com credibilidade. Cerca de seis anos depois, Silvinho repassou sua parte na sociedade para a irmã Rosane Eccel, a Mana. Em 2012, Mana focou no trabalho como corretora de imóveis e securitária e Helder seguiu a missão.
15 anos do Correio Catarinense traz proposta futurista
A festa de debutante do jornal Correio Catarinense foi marcada por mudanças. A primeira foi a nova gestão. Em 1° maio de 2019 iniciou uma nova história, desta vez, escrita pelas mãos de Juliano Cesar dos Santos, que assumiu a direção. Jornalista formado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), junto a equipe de diagramação, redação e comercial, o periódico passou a planejar mudanças para marcar os 15 anos.
Nessa nova era, uma nova identidade visual foi apresentada aos leitores. Um novo projeto gráfico do jornal impresso, que passou a ser totalmente colorido, foi entregue a comunidade. A partir de então, o periódico conta com uma nova logo, que representa a união entre informação, iniciais CC e jornal impresso. Ambos foram desenvolvidos pela Agência FreeLab.
“Estamos com 18 anos agora. Aguarde, para celebrar os 20 anos e a edição 1000 muita novidade vai chegar”, destaca Juliano César.
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Diretores do jornal Correio Catarinense
Hélder Mondardo
CC: Como nasceu o jornal Correio Catarinense?
R: O Jornal Correio Catarinense nasceu através da ideia de que o Vale do Rio Tijucas necessitava de um veículo de comunicação impresso com a missão de levar as informações e registrar as histórias da comunidade, com credibilidade, para o conhecimento da população.
No início de 2005 eu e o Silvio Eccel, o Silvinho viabilizamos, o projeto. Montamos uma equipe competente que tratava as notícias com uma visão jornalística e cobrimos os principais fatos e acontecimentos do Vale, com imparcialidade.
Fiquei na direção do Jornal por quase 15 anos e depois transferi para o jornalista Juliano Cesar, que fazia parte do quadro praticamente desde a fundação, dando continuidade ao trabalho implantado com respeito e credibilidade aos leitores.
Silvio Eccel, o Silvinho
CC: Qual fato marcante foi noticiado pelo jornal quando você fazia parte da direção do jornal?
R: Para mim foi noticiar o assassinato de duas meninas mortas de forma brutal em São João Batista, no ano de 2006. Elas foram utilizadas como oferenda em um ritual satânico. Os corpos estavam em uma área onde na época colocavam lixo, em um terreno acima onde é a fábrica da Via Scarpa. O assassino foi encontrado, preso e depois encontrado morto na cela.
Já em outra vertente, o que hoje é o Entrelinhas, antes tinha o pseudônimo de Caneta Alugada. Essa coluna movimentava toda a cidade de São João Batista e Vale do Rio Tijucas, com informações até então não reveladas principalmente na área de política. Grande parte dos leitores, a primeira página que liam era o Caneta Alugada, depois partiam para as outras páginas.
Jonas Hames
CC: Como foi a criação do Jornal Correio Catarinense e qual o intuito do periódico?
R: Atuei no jornal como diretor da fundação, até antes da primeira edição circular em fevereiro. Em janeiro já iniciamos todo o projeto e estruturação. Fiquei até dezembro de 2008, quando os proprietários eram Silvio Eccel e Helder Mondardo.
O intuito da criação do jornal Correio Catarinense era de fato fazer um periódico com linguagem profissional, jornalística, tendo em vista que havia apenas um jornal na cidade. Esse era mensal com outra característica. Então o na época Correio do Vale veio com uma cobertura mais profissional. A aceitação do conteúdo pelo público foi tão grande que de quinzenal, o jornal passou a ser semanal, como é até hoje.
Desde o início se teve um cuidado muito grande pela qualidade gráfica, com uma diagramação moderna para a época. Se preocupava com a checagem do texto, a responsabilidade com a informação e a qualidade gráfica, na estética da notícia que as pessoas recebiam. Além disso, mais do que o factual, o aprofundamento das informações que já eram reportadas pela rádio durante a semana, o jornal ia mais a fundo.
Juliano César dos Santos
CC: Qual a importância da implantação de um jornal impresso com linguagem jornalista em São João Batista e Vale do Rio Tijucas?
R: O Correio Catarinense, então Correio do Vale quando surgiu em 2005, foi um divisor de águas do fazer jornalismo impresso em São João Batista e região. Utilizando-se do verdadeiro texto jornalístico e com diagramação moderna, o periódico se consolidou com o passar dos anos.
Em 2020, ganhou um novo planejamento gráfico, passou a ser totalmente colorido, além de um novo e moderno site. O foco, agora, é a edição mil. E já estamos em contagem regressiva. Além, é claro, de mais conteúdo ao site e redes sociais.
Edições
Ediçao 01
Ediçao 100
Ediçao 200
Ediçao 300
Ediçao 400
Ediçao 500
Ediçao 600
Ediçao 700
Ediçao 800
Ediçao 900