Cristiéle Borgonovo *
José Carlos Reinert, 69 anos, aos 13 aprendeu na fábrica de Linézio Mafra a preparar e montar os calçados. Mas somente aos 14 que recebeu o primeiro salário de sapateiro. Batistense e morador do bairro Ribanceira do Sul, ele recorda dos calçados cortados e costurados todo de forma manual, onde faziam de quatro a cinco pares por dia.
Em 1971, trabalhou na Santos Pereira, lá ficou com dois anos. Atuou por mais três anos na Vera Cruz até montar uma ‘esquenta cabeça’, nome popular que os calçadistas dão as pequenas fábricas. Recorda que naquele período os trabalhos estavam bons, porém, com a crise nacional instalada devido ao confisco da poupança, no governo presidencial de Fernando Collor de Mello, teve que fechar as portas e passou por muitas dificuldades.
Em 1995 retornou as atividades calçadistas onde montou um atelier de terceirização. Trabalhou para grandes empresas de São João Batista e região como Caloa e Lia Line. Em 2020 com a pandemia do Covid 19, novamente deu uma pausa nas atividades. Hoje, anexo a casa, fez um espaço onde faz bolsas, para complementar a renda.
Entrega da Moção
A honraria será entregue pelo Poder Legislativo e tem a finalidade de reconhecer a importância de todos os sapateiros atuantes ou aposentados, que iniciaram essa trajetória de tamanho sucesso, que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento econômico, técnico e classista.
*Assessoria de Comunicação da Câmara de Vereadores