Cristiéle Borgonovo
Jaqueline Duarte Grimm, 28 anos, é professora da Educação Infantil no município de Canelinha. Mãe dos pequenos Bernardo, sete, e Benício Grimm, com um ano e sete meses, compartilha uma história que a família irá repassar por gerações. O momento foi o parto inusitado do filho caçula e também que cada gravidez é única e o amor pelos filhos só aumenta.
O primogênito nasceu de parto normal, de forma rápida, com início das contrações às 3h da madrugada e às 7h10 já estava com o pequeno nos braços. O parto ocorreu no Hospital Monsenhor José Locks, em São João Batista, com toda a assistência profissional e equipamentos necessários.
Jaque acreditava que ao lado do marido Fabrício Grimm e o filho Bernardo, a família estava completa. Os planos do casal eram de não terem mais filhos. Porém, ela não imaginava que uma surpresa lhe aguardava. “Quando eu soube da gravidez do Benício, algo não planejado, confesso que demorei para aceitar. Eu me sentia muito realizada sendo mãe somente do Bernardo e foi aos oito meses de gestação que realmente a ficha caiu e aceitei que me tornaria mãe de dois, onde o amor não se dividiria, mas sim multiplicava. É engraçado falar sobre isso, pois não foi planejado por mim. Mas Deus nunca erra e sabia o tanto que eu precisava passar por tudo isso”, conta.
O segundo parto foi programado para ser uma cesariana, dessa forma faria uma laqueadura, que é um procedimento cirúrgico contraceptivo. Porém, sentindo dores desde a madrugada, às 10h foi até ao hospital. Após a avaliação da médica plantonista, que relatou que não havia possibilidade no nascimento do menino, estava tudo normal e a dor passaria. Como a bolsa não havia estourado e às 12h tinha uma ultrassonografia agendada com o médico que a acompanhava, não se preocupou.
Ao chegar para a ultrassom, o médico, doutor Maicon Menegola ao examiná-la já comunicou ao casal que a criança estava nascendo. “O marido do lado apavorado, o médico ligou para uma ambulância vir urgente para me encaminhar ao hospital. O kit de equipamentos que ele usa para os partos estava dentro do carro. Porém o carro estava no conserto. Ele me dizia que ganharia ali mesmo na clínica, eu tentava trancar para conseguir mais tempo até a transferência ao hospital, estava com medo, pois era um consultório e não um espaço com equipamentos e equipe completa, enfim, foi uma loucura, e o Beni nasceu ali, na clínica”, recorda em meio a risos.
“Com o Beni nos meus braços, depois de toda a loucura, agradeci por tudo, é Deus mostrando que nossos planos não são maiores do que o dele. Me tornei uma mãe muito mais apegada. Chega a ser engraçado pois como não queria outro filho e ele veio de uma forma tão louca, tão rápida, que me fez ser a mãe mais feliz e completa do mundo”, finaliza.