O prefeito de São João Batista, Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca (MDB), informou à reportagem nesta semana, de que vai cortar os salários dos professores que estão em greve. “Eu peço a todos os grevistas, que até segunda-feira,13, voltem a dar aulas, pois o município está precisando, os pais e os alunos também precisam”, disse.
Segundo o chefe do Poder Executivo, haverá cortes na folha do pagamento. “Vou deixar bem claro, e se alguém tem dúvida, testa pra ver. Quem não for trabalhar esse mês, eu não vou dar a folha de pagamento. Não vou pagar funcionário parado”, informou.
A declaração do prefeito fez com que o SindiEducar protocolasse no Poder Judiciário, um pedido de liminar sobre essa questão, para garantir o recebimento dos vencimentos aos professores. No despacho, na quarta-feira, 8, a desembargadora Denise de Souza Luiz Francoski intimou o município a se manifestar sobre alegações do Sindicato, em um prazo de até 48 horas. Caso não se manifeste, a multa diária será de R$ 50 mil contra o próprio prefeito.
Pedroca reafirmou ao Correio Catarinense, que vai descontar os pagamentos, e que tem respaldo para isso pela Assessoria Jurídica.
Negociações
A Justiça também pediu para que o município responda sobre a proposta formulada pelo comando de greve no dia 24 de fevereiro. O município informou à reportagem, que nessa sexta-feira, 10, vai se reunir com os grevistas. Nos bastidores fala-se em até sete simulações de folhas que estão sendo analisadas.
Repúdio
Na semana anterior, o SindiEducar já havia emitido uma nota de repúdio pelas declarações do prefeito Pedroca na imprensa, em entrevistas à Rádio Cidade de Brusque e ao jornal Razão de Tijucas. “Esse tipo de comportamento não condiz com o que se espera de um gestor público, o qual deverá, acima de tudo, possuir capacidade de diálogo para viabilizar a resolução de conflitos”, diz a nota.