Tijucas, na Grande Florianópolis, sediou na quinta-feira (16) a segunda edição do “Seminário Municipal de Educação Inclusiva”, com o tema “A escola como espaço inclusivo e de acolhimento às diferenças”. Promovido pelo Parlamento, a iniciativa é uma ação da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com a colaboração da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.
Um dos principais objetivos do seminário é oferecer uma capacitação para ampliar, com qualidade, a educação inclusiva em todo o processo de aprendizagem, para o acolhimento às diferenças.
Para o presidente da Comissão, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), a discussão é cada vez mais necessária e deve reunir informação de qualidade, que traga impacto positivo no dia a dia, principalmente, dos educadores.
“Santa Catarina assume hoje o protagonismo desde debate”, afirmou. Para ele, o Parlamento atende ao apelo da sociedade catarinense, que está cada vez mais sensível a essa discussão. “Existe uma pressão muito forte da sociedade pela educação inclusiva, no entanto, essa educação inclusiva tem que ter um incentivo para a qualificação dos profissionais que atuam nessa área.”
O parlamentar destacou a importância da profissionalização, em especial, dos educadores na sensibilidade do acolhimento às diferenças. “É importante habilitar os professores para que eles possam atender esse público, tem que ter técnica, expertise, para tratar as várias patologias da pessoa com deficiência”, observa, destacando que essas iniciativas da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com apoio da Escola do Legislativo, ganham cada vez mais adesão do público catarinense em função da relevância desse debate.
“Há uma forte cooperação entre o Parlamento e os municípios e suas entidades representativas. Santa Catarina é hoje referência em atenção das educações inclusivas”, pontuou.
Quebrando paradigmas
Na palestra de abertura do seminário, Davi Crispim falou a respeito da quebra de paradigmas para a inclusão social com sua palestra “As altas habilidades e superdotação: Desafios e possibilidades”.
“Apresentamos a quebra de preconceitos, destacando o preconceito enraizado na sociedade, buscando trabalhar a nova nomenclatura destacada no movimento, que é o capacitismo, direcionado para a pessoa com deficiência”, observou o palestrante.
Políticas públicas
Já Renata Gomes Camargo trouxe em sua palestra os desafios e as possibilidades para inclusão, enfatizando o atual panorama. Ela observa a falta de políticas públicas efetivas para a defesa da pessoa com deficiência no país. “Existe a necessidade da sociedade avançar para a adoção de políticas públicas para essas pessoas. Além disso, trouxe informações a respeito das características das pessoas com altas habilidades e superdotas”, informou, destacando que são consideradas com capacidade acima da média e desenvolvimento hiperativo. “Como o profissional de educação vai identificar esses estudantes para atendê-los e acolhê-los.”
O seminário ainda abordou, à tarde, temas como alfabetização inclusiva e inclusão no transtorno do espectro autista.